Seleção de genótipos mesoamericanos e andinos de feijoeiro em resposta à inoculação com rizóbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Knupp, Adriano Moreira lattes
Orientador(a): Araújo, Adelson Paulo de
Banca de defesa: Araújo, Adelson Paulo de, Abboud, Antonio Carlos de Souza, Mercante, Fábio Martins, Araújo, Jean Luiz Simões de, Straliotto, Rosângela
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9038
Resumo: O uso da diversidade em coleções de germoplasma de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) pode prover materiais com maior contribuição da fixação biológica de nitrogênio. O objetivo deste trabalho foi identificar genótipos de feijoeiro, de origem mesoamericana e andina, provenientes do banco de germoplasma da Embrapa Arroz e Feijão, com potencial de obtenção de N2 a partir da inoculação com rizóbios. A avaliação consistiu de duas triagens de 879 genótipos em casa de vegetação, e posteriormente quinze destes genótipos e duas cultivares comerciais foram avaliados em campo. Os experimentos em casa de vegetação possuíam delineamento em blocos casualizados com três repetições, nos quais foram avaliados 879 genótipos em resposta à inoculação com estirpes comerciais de Rhizobium (SEMIA 4077, SEMIA 4080, SEMIA 4088). A cultivar Ouro Negro foi utilizada como referência, e sementes pré-germinadas foram semeadas em potes (3 L) com areia e vermiculita estéreis. As plantas foram inoculadas sete dias após emergência (DAE), e solução de Norris sem N era adicionada semanalmente. Aos 35 DAE, foram determinados o número de nódulos, massa seca de nódulos e massa seca de um nódulo. Os percentuais de genótipos que superaram a referência foram de 21% em número de nódulos, 46% em massa de nódulos e 32% em massa de um nódulo. Foram selecionados 116 genótipos, que foram avaliados em novo experimento. Após análise conjunta dos dados obtidos na primeira e segunda fases para esses 116 genótipos, quinze genótipos foram selecionados. Estes quinze genótipos e as cultivares Pérola e Ouro Negro foram avaliados sob duas fontes de N, inoculação com rizóbios ou fertilização com 80 kg ha-1 de N. Cinco experimentos foram conduzidos em Santo Antônio de Goiás (GO), Ponta Grossa (PR), e Seropédica (RJ), em delineamento em blocos ao acaso em parcelas subdivididas, com as fontes de N dispostas nas parcelas e os genótipos nas subparcelas. Foram avaliadas nodulação, biomassa e produtividade, e em alguns experimentos a contribuição da FBN via abundância natural de 15N e os teores de N-ureídos na seiva. Houve diferenças de desempenho entre genótipos e entre locais. Todos genótipos nodularam, mesmo quando receberam N mineral. Os mais eficientes na nodulação e na obtenção de N via FBN foram CNF 0011234, CNF 0011028, CNF 0011559 e PI 387865, andinos, e CNF 0011075, CNF 0011137, CNF 0011240, PI 325750, mesoamericanos. A abundância natural de 15N demonstrou que os genótipos mesoamericanos apresentaram maior contribuição da fixação do N2. A maioria dos genótipos apresentou produtividades de grãos semelhantes às cultivares comerciais. As diferenças mais pronunciadas entre os genótipos e as cultivares foram detectadas no experimento de GO, no inverno de 2013, e as maiores semelhanças no inverno de 2014. A maioria dos genótipos não apresentou diferença de produtividade entre as duas fontes de N. Os genótipos sob adubação tiveram produtividades que variaram de 167 a 3567 kg ha-1 e sob inoculação de 180 a 3307 kg ha-1. Em ambas as fontes de N, as menores produtividades foram verificadas em PR as maiores em GO no inverno de 2014, refletindo a média geral obtida em cada localidade.