Padrões de distribuição e composição das comunidades de aves aquáticas em áreas úmidas no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alves, Rísia Brígida Gonçalves Cabral lattes
Orientador(a): Ferreira, Ildemar lattes
Banca de defesa: Piratelli, Augusto João, Rocha, Leonardo Silvestre Gomes, Siciliano, Salvatore, Santangelo, Jayme Magalhães, Queiroz, Jarbas Marçal de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9234
Resumo: Compreender como as comunidades variam no espaço e no tempo e como essa variação está correlacionada com as condições ambientais é fundamental para promover a conservação das aves aquáticas, quer seja em áreas naturais, alteradas por atividades antrópicas ou áreas artificiais. Este trabalho teve como objetivo verificar os efeitos da variação espacial, temporal e climática na distribuição e composição das comunidades de aves aquáticas em áreas úmidas continentais. A estrutura das comunidades das aves aquáticas diferiu entre lagos natural, artificial e de inundação. A riqueza e abundância aumentaram com o aumento da área do lago e da distância de povoamento humano; no entanto, diminuíram com o aumento da profundidade e da proporção do entorno aberto. A abundância também foi influenciada pelo pH, aumentando em locais com pH menos ácido, pelo entorno semi-sombreado e pela pressão de pastoreio, diminuindo o número de aves com o aumento dessas duas variáveis. As variáveis ambientais com maior contribuição na distribuição das guildas foram a área, pH, entorno semi-sombreado, distância de povoamento humano, macrófita e altura da vegetação aquática. Na escala temporal, a riqueza manteve-se relativamente estável, entretanto a abundância aumentou no decorrer do tempo. Tendências temporais também foram identificadas quanto a composição das espécies. A precipitação e temperatura não influenciaram a riqueza, indicando que o elevado número de espécies residentes contribuiu para uma riqueza relativamente constante ao longo do tempo. No entanto, a variação na abundância das aves demonstrou ser inversamente relacionada com os níveis de precipitação, os quais também influenciam as condições ambientais, assim atuando sobre a disponibilidade de recursos e locais de forrageio para as aves aquáticas. Todavia, a abundância não foi influenciada pela temperatura. Os resultados sugerem que os aspectos das comunidades, riqueza, abundância e guildas, são desacoplados e respondem de forma independente e compartilhada às influências das variáveis ambientais e antrópicas nos lagos interiores. Além disso, os fatores temporais e as variações climáticas têm diferentes efeitos na estrutura das comunidades. Portanto, esses aspectos devem ser considerados em uma estrutura comum ao analisar mudanças na estrutura de comunidades de aves aquáticas.