Encefalopatia associada à ingestão de Ipomoea pes caprae (Convolvulaceae) em bovinos no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: d'Avila, Mariana Sequeira lattes
Orientador(a): França, Ticiana do Nascimento lattes
Banca de defesa: França, Ticiana do Nascimento, Nascimento, Aparecida Alves do, Nogueira, Vivian de Assunção, Helayel, Michel José Sales Abdalla, Brust, Luis Armando Calvão
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10134
Resumo: A intoxicação por plantas tóxicas de interesse agropecuário está entre as três causas de morte mais importantes em bovinos adultos no Brasil. O grupo das plantas que causam alterações nervosas, muito bem representada no país, encerra mais de trinta espécies tóxicas, entre as quais do gênero Ipomoea, amplamente distribuídas no território brasileiro. As plantas tóxicas desse gênero podem causar “doenças do armazenamento” ou síndrome tremorgênica. Descrevem-se, pela primeira vez, a intoxicação natural e reprodução experimental por Ipomoea pes caprae em bovinos, verificada no norte do Estado do Rio de Janeiro. Foram observados episódios de intensa ataxia locomotora, postura anormal seguida de queda, incapacidade de levantar-se, tremores, contrações e espasticidades musculares nos membros, intensificados após estimulação ou a simples aproximação. Nos animais afetados a mais tempo, os sintomas tornavam-se permanentes. À necropsia havia apenas significativa quantidade de folhas e pecíolos da planta no rúmen. O estudo histopatológico evidenciou lesões neuronais degenerativas e necróticas principalmente nos neurônios de Purkinje. As técnicas de histoquímica (impregnação argêntica pelo método Bielschowsky), imunohistoquímica (anticorpos anti-calbindina, anti-sinaptofisina, anti-príon) e a análise ultraestrutural ratificaram esses achados. A avaliação lectinohistoquímica não evidenciou armazenamento nos neurônios dos animais intoxicados por Ipomoea pes caprae. No bezerro, intoxicado experimentalmente, verificaram-se sintomas semelhantes, entretanto, com a interrupção do fornecimento da planta no 28º dia, os sintomas desapareceram após quatro dias.