Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Kelly Cristina
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Orientador(a): |
Gonzalez, Lilian Maria Borges
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Banca de defesa: |
Gonzalez, Lilian Maria Borges,
Uhr, Deborah,
Malagri, Lúcia Emmanoel Novaes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14508
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Resumo: |
No contexto da atenção primária à saúde, ocorrem ações integradas de educação e cuidado a pessoas com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, o que, no Brasil, se dá através da Estratégia Saúde da Família (ESF), em consonância com o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Tais doenças têm em comum a cronicidade e, se não controladas, elevam os riscos de complicações à saúde, indicando a importância de intervenções adequadas e contínuas para favorecer a adesão aos seus tratamentos. Adesão é a medida em que o comportamento da pessoa corresponde às prescrições e recomendações dos profissionais de saúde, sem se restringir a mera obediência. Fatores psicossociais podem contribuir ou constituir barreiras que dificultam a adesão. Espera-se que os ACS disponham de conhecimentos e habilidades para favorecer a adesão dos usuários que acompanham. Diante da complexidade e relevância do tema, realizou-se uma pesquisa com o objetivo de investigar as percepções de ACS no que se refere à identificação e manejo de aspectos psicossociais que influenciam a adesão aos tratamentos de usuários com diagnóstico de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus, conforme suas experiências no âmbito da ESF de um Município do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi conduzida com três enfermeiras e dezesseis ACS de três equipes da ESF e incluiu múltiplos procedimentos: questionário para obtenção de dados sociodemográficos e profissionais dos participantes; entrevista semiestruturada com as enfermeiras; grupo focal e oficina para discussão de caso clínico com os ACS. O material obtido foi categorizado e analisado de acordo com a Análise de Conteúdo de Bardin. Uma boa adesão aos tratamentos foi entendida pelos ACS como aceitação da doença/tratamento, comparecimento a consultas e envolvimento ativo no tratamento. Por outro lado, os resultados indicaram dificuldades relacionadas ao uso de medicamentos, seguimento da dieta alimentar e mudanças no estilo de vida, influenciadas por barreiras do serviço de saúde, psicológicas, familiares, sociais e das características do tratamento. Para lidar com problemas de adesão, os ACS apresentaram repertório de ação estratégico, criativo e diversificado, voltado para a intervenção direta com os usuários ou para a busca de apoio junto a outros profissionais e a familiares. Em suas intervenções, recebiam apoio da equipe de referência, bem como da equipe de matriciamento. Entretanto, para maior integralidade do cuidado, sugeriram a obtenção de apoio regular da equipe de saúde mental, com destaque para o psicólogo, além da oportunidade de mais cursos e capacitações orientados para a prática. Avaliaram suas experiências nas oficinas de forma positiva e útil ao fazer profissional. Mostraram uma percepção ampla e adequada sobre os aspectos psicossociais implicados na adesão e tentativas de atuação nos casos correspondentes. A participação no grupo focal configurou-se como uma oportunidade de reflexão e aperfeiçoamento profissional, possibilitando a troca de experiências entre os ACS e a maior conscientização sobre seus fazeres. São necessários mais estudos sobre o tema da adesão a tratamentos no contexto de trabalho dos ACS, visando subsidiar capacitações para estes profissionais com vistas a uma atuação mais eficiente e efetiva frente aos inúmeros desafios de suas práticas. |