O devir negro como possibilidade de (re)inventar o mundo sem racismo: letramentos que abalam certezas e ampliam sentidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Simão, Maria José Pires lattes
Orientador(a): Carvalho, Adriana Lopes de lattes
Banca de defesa: Lopes, Adriana Carvalho lattes, Carvalho, Carlos Roberto de lattes, Agostinho, Elbert de Oliveira lattes, Oliveira, Bruno Coutinho de Souza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20163
Resumo: Tendo em vista que o Racismo é uma construção social branca fundada na ideia de raça criada para segregar, hierarquizar e dominar, essa pesquisa está ancorada na análise de narrativas na perspectiva socioconstrucionista de Moita Lopes (2003) dialogando com os conceitos de discurso como prática social (Blommaert, 2005). Investigo como cinco professoras do Ensino Médio de uma unidade escolar do município de São Gonçalo, região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, pensam suas práticas de letramentos, quais os enfrentamentos cotidianos, as estratégias dessas professoras e a importância do letramento racial (Pinheiro, 2023), entendendo que o racismo precisa ser combatido, principalmente dentro do espaço escolar. Pensar em letramentos como ferramenta para reinventar o mundo a partir de África, tecendo redes de conhecimento que colaborem para a desconstrução de narrativas eurocêntricas, que possibilitem pertencer, habitar e criar um mundo para além da ideia de raça, respeito ao diferente e a pluralidade que Mbembe apresenta em Crítica da Razão Negra (Mbembe, 2022). Pensar práticas e metodologias que transformem, transbordem e promovam o pensamento crítico e a abertura de mundo. A pesquisa demonstra a necessidade de sair da zona do não ser e a importância que o giro epistêmico necessário, requer das professoras formação constante, diálogo entre os pares, escolas estruturadas e práticas pedagógicas alinhadas com a noção de humanidade que absorve o diverso.