Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Iguatemy, Mariana de Andrade
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Aquino, Adriana Maria de
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Bergallo, Helena Godoy,
Vieira, Marcus Vinicius,
Rodrigues, Pablo José Francisco Pena,
Balieiro, Fabiano de Carvalho |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
|
Departamento: |
Instituto de Agronomia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9815
|
Resumo: |
O processo de intensificação agrícola, a que diversas áreas no mundo estão submetidas, gera áreas fragmentadas e isoladas e seus habitats naturais encontram-se imersos em matrizes extremamente hostis. Práticas adotadas em sistemas produtivos intensivos que exigem maior interferência antrópica no agroecossistema e aporte de agroquímicos podem gerar consequências negativas para os fragmentos, e até mesmo um maior avanço dos efeitos de borda. A manutenção da riqueza e diversidade das florestas irá depender em grande parte do potencial e capacidade de regeneração dos fragmentos florestais. Neste contexto, o objetivo foi avaliar aspectos da composição de espécies, dinâmica de estágios sucessionais e comunidade de plântulas que representaram a regeneração; da macrofauna do solo, da abertura do dossel e do estoque de serapilheira em diferentes ambientes de fragmentos com diferentes intensidades de uso na vizinhança. Para tal, foram avaliados fragmentos florestais que apresentassem vizinhança formada por cultivo intensivo e cultivo. Nestes foram determinados ambientes estabelecidos de acordo com gradiente de distância da matriz, borda, núcleo e clareira. Em cada ambiente foram realizadas de 6 a 9 amostragens de cada uma das variáveis avaliadas. Foi observado efeito da intensidade do uso da vizinhança nos fragmentos avaliados sobre as variáveis estudadas a partir de modelos mistos generalizados e análises multivariadas. Os efeitos de intensidade de uso na vizinhança dos fragmentos e dos efeitos de borda foram evidenciados através de praticamente todas as análises realizadas (principalmente nos modelos testados). Isto gerou efeitos de borda que se diferenciaram de acordo com o grau de intensidade de uso da vizinhança, sendo mais intensos e se prolongando mais ao interior do fragmento, em que uso da vizinhança foi mais intensivo. Este resultado foi destacado na abundância de indivíduos na comunidade e de pioneiras, mortalidade de secundárias tardias, valores de riqueza total, composição de espécies, frações de serapilheira galho e folha inteira e abertura de dossel. Os fragmentos com uso intensivo na vizinhança e os ambientes de borda apresentaram menor potencial de regeneração do que fragmentos com uso extensivo e ambientes de clareira. Este resultado é apontado pelos menores valores de riqueza total de espécies e riqueza total de secundárias iniciais e tardias, menor abundância de pioneiras e maiores taxas de mortalidade para secundárias tardias nos fragmentos com uso intensivo na vizinhança. Estes efeitos se refletiram na substituição ou desaparecimento de algumas espécies da macrofauna do solo como, por exemplo, o desaparecimento de Oligochaetas nos fragmentos com uso intensivo na vizinhança. A maior intensidade de uso do solo, com forte utilização de maquinários e agroquímicos, nas matrizes altera aspectos que influenciam negativamente a regeneração e manutenção dos fragmentos na paisagem. Assim, conclui-se que as bordas dos fragmentos florestais estão mais vulneráveis em paisagens agrícolas que apresentam uso mais intensivo das terras, e esta vulnerabilidade está associada a práticas exercidas na vizinhança. |