Estudo morfológico e imunohistoquímico (Troponina C) na detecção de lesões cardíacas secundárias à doença renal crônica em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: d'Avila, Mariana Sequeira lattes
Orientador(a): Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira lattes
Banca de defesa: Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira lattes, Peixoto, Tiago da Cunha lattes, Nascimento, Aparecida Alves do lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14087
Resumo: Lesões cardíacas agudas ou crônicas podem resultar em perturbações na função renal e vice versa, fenômeno conhecido como Síndrome Cardiorrenal. Este trabalho teve como objetivos verificar, com base na morfologia, as correlações entre Doença Renal Crônica (DRC) e lesões cardiovasculares, avaliar a real extensão dessas lesões em cães, visto que alterações miocárdicas regressivas incipientes podem não ser perceptíveis ou facilmente identificadas através da coloração rotineira pela hematoxilina e eosina, bem como verificar a eficácia do teste imunohistoquímico com o uso do anticorpo antitroponina C humano na detecção de lesões cardíacas em cães com insuficiência renal. Pela avaliação imunohistoquímica do coração dos 22 caninos, observaram-se diversos grupos de miócitos com redução significativa ou ausência de imunorreatividade para o anticorpo anti-troponina C, essas áreas, via de regra, correspondiam aos mesmos grupos de miócitos que, pela coloração de H.E. apresentavam alterações que variavam de leve tumefação celular a aumento da eosinofilia, perda de estriação, lise celular e cariólise, por vezes, acompanhadas de infiltrado inflamatório predominantemente mononuclear. Adicionalmente, havia, no coração de 10 cães, lesão vascular, que variou de leve tumefação das células endoteliais a necrose, com deposição de material eosinofílico (marcação positiva para colágeno pela coloração Tricrômico de Masson), na parede vascular e mineralização. Macroscopicamente, observaram-se hipertrofia ventricular esquerda e lesões extra-renais da uremia, incluindo glossite e estomatite ulcerativas, pneumopatia e gastropatia urêmica, além de mineralização do espaço intercostal. Macroscopicamente os rins avaliados apresentaram atrofia, superfície irregular, fibrose e alteração na relação córtico-medular e na microscopia hialinização e esclerose glomerular, necrose marcada nas células tubulares, mineralização de algumas estruturas, inflamação (predominantemente mononuclear) e fibrose intersticial. Neste estudo, as lesões miocárdicas foram estreitamente correlacionadas às alterações vasculares, resultantes da uremia de longa duração e/ou da combinação de alterações metabólicas e celulares que ocorrem na Síndrome Cardiorrenal tipo 4, na qual o comprometimento crônico do rim pode induzir lesões crônicas no coração.