Eucaliptais na Floresta Nacional Mário Xavier, Seropédica-RJ: análise fitossanitária e mirmecofauna associada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Azevedo, Ana Paula Neves de lattes
Orientador(a): Almeida, Fábio Souto de lattes
Banca de defesa: Almeida, Fábio Souto de, Brioso, Paulo Sérgio Torres, Rodrigues, William Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e Da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19220
Resumo: No Brasil, algumas espécies do gênero Eucalyptus, assim como Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson, são cultivadas em larga escala, a fim de obter madeira para a construção civil, gerar lenha e carvão, utilizar como postes e para a fabricação de móveis e papel, sendo útil também para obter matéria-prima para a indústria de cosméticos, dentre outros variados usos. Assim, este trabalho teve o objetivo de realizar o diagnóstico fitossanitário de indivíduos de eucalipto em Seropédica-RJ, inclusive diagnosticando fitopatógenos e insetos-praga. Também teve o objetivo de analisar especificamente a mirmecofauna dos eucaliptais. O estudo foi realizado na Floresta Nacional Mário Xavier (22°43'51.15"S; 43°42'30.52"O), no município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro. A análise fitossanitária foi realizada em plantios de C. citriodora e Eucalyptus urophylla S.T. Blake. Para a avaliação da mirmecofauna também foi utilizado um plantio de Eucalyptus saligna Sm. As árvores foram avaliadas quanto às características do tronco, da copa e da sua estrutura geral, observando a presença de danos causados por agentes exógenos e evidências da presença de insetos e fitopatógenos. A amostragem das formigas foi realizada em janeiro de 2023 com 21 armadilhas de queda tipo pitfall em cada área cultivada. Ocorreram árvores com danos causados pela ação de fogo, observou-se rachaduras longitudinais, folhas cortadas, árvores com bifurcações em altura abaixo de 1,3 m, a presença de ninhos de cupins epígeos e arbóreos, olheiros da formiga-cortadeira Atta sexdens (Linnaeus, 1758), indícios do ataque de coleópteros xilófagos e a presença do fungo Phaeoseptoria eucalypti Hansf. causando doença em folhas. Foram coletadas 36 espécies de formigas, de 14 gêneros e quatro subfamílias. O maior número de espécies ocorreu no plantio de C. citriodora (20 espécies), seguido de E. urophylla (18 espécies) e E. saligna (nove espécies). A composição de espécies variou significativamente entre todas as áreas cultivadas (ANOSIN; p < 0,05). O resultado da riqueza funcional refletiu a riqueza taxonômica, com maior número de guildas nos plantios de C. citriodora e E. urophylla (seis guildas em cada área) que no plantio de E. saligna (quatro guildas). Assim, é necessário que os plantios de eucalipto realizados em Seropédica e demais municípios da região tenham os devidos tratos culturais, incluindo cuidados com a fertilidade do solo, plantio em local adequado para evitar estresse hídrico, monitoramento e manejo de insetos-praga e doenças, além da prevenção de incêndios. Em relação à mirmecofauna, variações nos atributos ambientais dos plantios de eucaliptos podem afetar a riqueza, a diversidade e a composição de espécies de formigas, consequentemente influenciando a diversidade funcional da mirmecofauna. Embora a espécie A. sexdens seja considerada importante praga dos eucaliptais no Brasil, a maior parte das espécies de formigas presentes nas áreas estudadas exercem funções ecológicas que podem ser benéficas aos eucaliptos.