Propagação in vitro e aclimatização de Cattleya walkeriana Gardner cultivadas em meios de cultura alternativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vicente, Michele Cagnin lattes
Orientador(a): Araújo, João Sebastião de Paula
Banca de defesa: Araújo, João Sebastião de Paula, Pêgo, Rogério Gomes, Videira, Sandy Sampaio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13741
Resumo: Cattleya walkeriana Gardner é uma orquídea endêmica do Brasil de alto valor comercial e muito cobiçada pelos orquidófilos. A exploração extrativista e a degradação do seu habitat natural atrelados às especificidades reprodutivas da família são fatores que a colocam entre as espécies da flora em risco de extinção na natureza. Deste modo, a propagação in vitro se mostra como uma valiosa ferramenta para obtenção de mudas, visando o abastecimento do mercado e a preservação da espécie. Nesse contexto buscou-se avaliar o desenvolvimento de plântulas de Cattleya walkeriana Gardner cultivadas em diferentes meios de cultura em sistema de propagação in vitro e posteriormente o desempenho das mesmas ex vitro pela aclimatização em casa de vegetação. O trabalho foi constituído de três experimentos, no primeiro, protocormos com aproximadamente 1,0 cm de comprimento foram subcultivados durante 240 dias nos meios de cultura Murashige e Skoog (1962) (MS); Knudson C (1946) modificado por Morel (1965) (KC); Fertilizante Peters® (PE); Fertilizante KristalonTM Laranja (KL); Meio de cultura suprimento B&G Orchidées® (BG). No segundo experimento as plântulas provenientes dos tratamentos MS, PE, KL e BG do primeiro experimento foram levadas para aclimatização em casa de vegetação onde foram inoculadas com 1,0 ml da suspensão de Azospirillum brasilense SP 245 (BR 11005) (AZ); 1,0 ml da suspensão de Microvirga vignae BR 3299 (MV); 1,0 ml de H2O destilada, sendo este o tratamento controle (CO). As mesmas permaneceram pelo período de 120 dias em aclimatização. E no terceiro experimento, com o objetivo de validar os resultados dos experimentos anteriores, protocormos de Cattleya walkeriana Gardner foram subcultivados durante 240 dias in vitro nos meios de cultura KL e BG, estes tiveram as concentrações de sacarose e de carvão ativado igualados. No primeiro experimento foi possível concluir que o meio Knudson C (1946) modificado por Morel (1965) não é adequado para propagação in vitro de plântulas de Cattleya walkeriana sob as condições deste experimento. O meio de cultura suprimento B&G Orchidées® e o meio de cultura a base de fertilizante KristalonTM Laranja se mostraram os mais eficientes no desenvolvimento das plântulas, adicionalmente o meio de cultura a base de fertilizante Peters® também se mostrou como boa alternativa em substituição ao meio de cultura Murashige e Skoog (1962). Não houve correlação positiva e/ou negativa entre o pH dos meios de culturas ao final do subcultivo e as variáveis biométricas avaliadas. No segundo experimento, pode-se concluir que quando aclimatizadas, as mudas provenientes do meio de cultura suprimento B&G Orchidées® foram as que apresentaram os melhores resultados independentemente do fator inoculação, logo, pode-se concluir que o meio de cultura interfere na etapa de aclimatização e que o meio de cultura suprimento B&G Orchidées® é o mais indicado na propagação in vitro das plântulas de Cattleya walkeriana Gardner. No terceiro experimento, tanto na etapa in vitro quanto na etapa de aclimatização os melhores resultados foram observados para as plântulas provenientes do cultivo no meio de cultura suprimento B&G Orchidées®, comprovando a superioridade deste meio em relação ao meio a base de fertilizante KristalonTM Laranja na propagação de Cattleya walkeriana Gardner.