Miíases umbilicais em bezerros Nelore recém-nascidos: predisposição de dois cruzamentos raciais criados no sistema de manejo Voisin no Rio de Janeiro e avaliação de medidas profiláticas em criação extensiva no Pantanal Sul-Mato-Grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pires, Marcus Sandes lattes
Orientador(a): Sanavria, Argemiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11854
Resumo: A pesquisa foi realizada em duas propriedades distintas de criação de bovino de corte. A primeira parte do experimento foi executada na Fazenda Santo Antonio, localizada no município de Miguel Pereira, Estado do Rio de Janeiro tendo como objetivo avaliar a suscetibilidade e a prevalência de miíases umbilicais nos bezerros recém-nascidos, resultantes dos cruzamentos entre touros Brahman P.O (puro de origem) e vacas 5/8 Canchim x 3/8 Nelore e os cruzamentos entre touros Nelore P.O e vacas 5/8 Canchim x 3/8 Nelore. Foi realizado um levantamento observacional descritivo da prevalência de miíases umbilicais após o nascimento dos bezerros, de acordo com as origens raciais e sexo desses animais, no período de agosto a novembro de 2006. Cada grupo das matrizes, composta por 130 fêmeas, entre vacas, novilhas, e 10 touros da mesma origem racial (Nelore e Brahman), alocados em 40 piquetes, tendo cada um desses, de dois a três hectares, utilizando-se o sistema de manejo rotacionado Voisin. Os animais permaneciam em média 24 horas em cada piquete, sendo o período de descanso da pastagem de um mês. A segunda parte do experimento foi realizada na Fazenda Alegria, localizada no município de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul, tendo como objetivo avaliar a eficácia de medicamentos na prevenção de miíases umbilicais em bezerros da raça Nelore de criação extensiva, nascidos de dezembro de 2006 a março de 2007. Para a avaliação da eficácia dos medicamentos, foram utilizadas quatro invernadas de 850 hectares, contendo 350 vacas, em média, e os bezerros recém-nascidos desses grupos, tratados com a medicação de escolha de cada invernada. Os medicamentos utilizados foram: doramectina 200 μg/kg p.v.a., ivermectina 200 μg/kg p.v.a., ivermectina longa ação 200 μg/kg p.v.a., todos, via parenteral (subcutânea) e solução de DDVP (2,2 diclorovinil dimetil fosfato ou diclorvós) + triclorfon, com aplicação tópica na região umbilical. Após a aplicação eletiva dos medicamentos em cada grupo, realizou-se a avaliação da prevalência das miíases umbilicais nos animais. O monitoramento dos bezerros nas duas propriedades foi até um mês pós-nascimentos, para reavaliação de possíveis ocorrências de miíases umbilicais. Na primeira parte do experimento, dos 152 bezerros recém-nascidos, 75 foram oriundos do cruzamento entre Nelore x 5/8 Canchim/Nelore com uma prevalência de 41,33% de miíases umbilicais, e 77, oriundos do cruzamento entre Brahman x 5/8Canchim/Nelore constatou-se uma prevalência de 54,55% ,de miíases umbilicais, não sendo evidenciado diferença significativa (p>0,05) entre os cruzamentos. Em relação ao sexo dos animais, não houve diferença significativa (p>0,05). Do total de miíases umbilicais observadas, 52,05% ocorreram em machos e 47,95% em fêmeas. Na segunda parte experimental, dos 613 bezerros medicados preventivamente, constatou-se 24 casos de miíases umbilicais, com predominância de ocorrências na época mais quente e de maior índice de precipitação pluviométrica do período observado. Houve diferença significativa (p<0,05) na utilização de doramectina, ivermectina e ivermectina longa ação, aplicadas via sub-cutânea em relação à solução tópica de DDVP + triclorfon como medicação preventiva á miíase umbilical. Não houve diferença significativa (p>0,05) entre as avermectinas utilizadas no estudo, na prevenção de miíases umbilicais.