Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Rodolfo Pellegrini
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Orientador(a): |
Caballero, Segundo Sacramento Urquiaga
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10561
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Resumo: |
As atividades antrópicas levaram ao aumento na concentração dos gases de efeito estufa, com conseqüências danosas ao clima global, como por exemplo, a elevação da temperatura média do planeta. Este aquecimento está causando impactos socioeconômicos e ambientais em todo o globo. Atualmente existe uma busca por alternativas que contribuam para mitigar as emissões dos gases de efeito estufa. Destacando-se, como alternativas a substituição de áreas com baixa produção de fitomassa ou degradadas, por plantios florestais, seja com espécies nativas ou exóticas. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar o impacto da substituição de pastagem pelo reflorestamento com eucalipto e pela regeneração natural de espécies nativas na dinâmica do carbono e na emissão de N2O no sistema solo-planta, em região da Mata Atlântica. As áreas avaliadas pertencem a uma propriedade localizada no município de Cruzeiro, SP. O histórico de uso da terra foi comum nas três áreas, sendo inicialmente ocupadas por pastagem desde a década de 20. Há 35 anos uma parte desta área foi reservada para regeneração de Mata Secundária, outra parte ocupada há 4 anos com plantio de Eucalipto, e na área restante foi mantido o Pasto, que hoje esta com idade aproximada de 90 anos. Foram quantificados os estoques de carbono nos diferentes compartimentos da vegetação, e os estoques de C e N e emissões de N2O no solo nessas três áreas. A fitomassa dos diferentes compartimentos foi determinada por método direto para o Pasto e Eucalipto, e indireto e direto na Mata. As amostras de solo foram retiradas até a profundidade de 1 m, em trincheiras próximas as áreas de coleta da fitomassa. Foram determinadas características químicas e físicas do solo. O estoque de carbono e nitrogênio foi calculado na mesma massa de solo. A emissão de N2O foi avaliada ao longo do ano, com câmaras estáticas. A emissão acumulada foi convertida em CO2 equivalente. As três áreas não apresentaram diferenças significativas no estoque de C no sistema radicular, enquanto nos demais compartimentos constataram-se diferenças. Descontando-se o estoque de C observado no Pasto (9,65 Mg C ha- 1), os ganhos líquidos de carbono no Eucalipto e Mata, foram de 24,4 e 54,3 Mg C ha-1, com incremento médio de carbono de 6,1 e 1,6 Mg C ha-1 ano-1, respectivamente. No solo estoques de C e N foram de 110,7 e 9,8 Mg C ha-1, respectivamente para pasto, 97,7 e 10,2 Mg C ha-1 para Eucalipto 101,3 e 10,6 Mg C ha-1 para Mata, sem diferenças significativas entre as áreas avaliadas. Após 35 anos, a Mata, aparentemente, substituiu todo carbono fornecido pela pastagem cultivada anteriormente. Na área de Pasto, a taxa de renovação do C foi de 0,32 Mg C ha ano-1 até 40 cm. As emissões de N2O observadas na Mata foram significativamente maiores apenas em relação ao Pasto. Apesar da maior perda de N na forma de N2O nas coberturas florestais, essas foram irrelevantes em relação ao incremento nos estoques de carbono acumulados na fitomassa, confirmando que a substituição da pastagem pelo Eucalipto e Mata podem contrib uir para a mitigação do efeito estufa. |