Caracterização da infecção da linhagem de macrófagos caninos (DH82) por duas espécies de Leishmania: Leishmania amazonensis e Leishmania chagasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nadaes, Natalia Rocha lattes
Orientador(a): Silva, Lucia Helena Pinto da
Banca de defesa: Silva, Lucia Helena Pinto da, Lima, Débora Decote Ricardo de, Almeida, Renato Porrozzi de, Soares, Deivid Costa, Wardini, Amanda Brito
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11965
Resumo: A leishmaniose canina está presente em diversos países do Novo e Velho Mundo. A América Latina possui uma incidência estimada em milhões de cães infectados, podendo chegar à 75% da população em áreas endêmicas. A infecção canina pela Leishmania chagasi é a mais comum, embora o cão possa se infectar por outras espécies de Leishmania, e o relato desse fato tem sido cada vez mais frequente. A maioria dos estudos usa macrófagos murinos como modelo de estudo da leishmaniose in vitro. Nosso trabalho tem por objetivo caracterizar a infecção dos macrófagos caninos da linhagem DH82 por L. amazonensis e L. chagasi, visando propor um possível modelo canino in vitro. Nossos resultados mostraram que a linhagem de macrófagos caninos DH82 interage com formas promastigotas de ambas as espécies de Leishmania, no entanto há uma maior interação com L. amazonensis do que com L. chagasi. Além disso, observamos que a L. amazonensis é mais infectiva para os macrófagos caninos DH82 do que a L. chagasi. A opsonização por anticorpos específicos facilita a interação e aumenta a sobrevivência de L. chagasi comparada a L. chagasi não opsonizada. O perfil de interação e infecção de L. amazonensis e L. chagasi é semelhante entre as linhagens de macrófagos caninos DH82 e RAW 264.7. A análise da expressão de MHC II e CD80 na superfície dos macrófagos caninos DH82 mostraram que essas células apresentam uma expressão basal e que a infecção por ambas as espécies de Leishmania não modula a expressão de MHCII, mas a expressão basal de CD80 parece aumentar na presença de L. amazonensis. Foi observado um aumento da expressão de MHCII e CD80 nas células estimuladas por LPS, no entanto os parasitos parecem não modular a expressão de ambas as moléculas nas células estimuladas pelo LPS. A detecção de NO e ROS nos macrófagos caninos DH82, mostraram que essas células possuem níveis basais de NO e ROS, e que após estímulo com LPS há um aumento desses radicais. A análise da produção de NO ou ROS nas células basais ou estimuladas pelo LPS na prsença de L. amazonenis e L. chagasi não mostrou alteração. Apesar das diferenças encontradas entre o nosso modelo experimental proposto e alguns resultados já descritos na literatura para outros macrófagos, a linhagem de macrófago canino DH82 pode ser um possível modelo experimental canino de infecção in vitro por Leishmania. A leishmaniose canina está presente em diversos países do Novo e Velho Mundo. A América Latina possui uma incidência estimada em milhões de cães infectados, podendo chegar à 75% da população em áreas endêmicas. A infecção canina pela Leishmania chagasi é a mais comum, embora o cão possa se infectar por outras espécies de Leishmania, e o relato desse fato tem sido cada vez mais frequente. A maioria dos estudos usa macrófagos murinos como modelo de estudo da leishmaniose in vitro. Nosso trabalho tem por objetivo caracterizar a infecção dos macrófagos caninos da linhagem DH82 por L. amazonensis e L. chagasi, visando propor um possível modelo canino in vitro. Nossos resultados mostraram que a linhagem de macrófagos caninos DH82 interage com formas promastigotas de ambas as espécies de Leishmania, no entanto há uma maior interação com L. amazonensis do que com L. chagasi. Além disso, observamos que a L. amazonensis é mais infectiva para os macrófagos caninos DH82 do que a L. chagasi. A opsonização por anticorpos específicos facilita a interação e aumenta a sobrevivência de L. chagasi comparada a L. chagasi não opsonizada. O perfil de interação e infecção de L. amazonensis e L. chagasi é semelhante entre as linhagens de macrófagos caninos DH82 e RAW 264.7. A análise da expressão de MHC II e CD80 na superfície dos macrófagos caninos DH82 mostraram que essas células apresentam uma expressão basal e que a infecção por ambas as espécies de Leishmania não modula a expressão de MHCII, mas a expressão basal de CD80 parece aumentar na presença de L. amazonensis. Foi observado um aumento da expressão de MHCII e CD80 nas células estimuladas por LPS, no entanto os parasitos parecem não modular a expressão de ambas as moléculas nas células estimuladas pelo LPS. A detecção de NO e ROS nos macrófagos caninos DH82, mostraram que essas células possuem níveis basais de NO e ROS, e que após estímulo com LPS há um aumento desses radicais. A análise da produção de NO ou ROS nas células basais ou estimuladas pelo LPS na prsença de L. amazonenis e L. chagasi não mostrou alteração. Apesar das diferenças encontradas entre o nosso modelo experimental proposto e alguns resultados já descritos na literatura para outros macrófagos, a linhagem de macrófago canino DH82 pode ser um possível modelo experimental canino de infecção in vitro por Leishmania.