Desenvolvimento e senescência foliar de cultivares de feijoeiro sob diferentes suprimentos de nitrogênio e fósforo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Haim, Patrick Gesualdi lattes
Orientador(a): Araújo, Adelson Paulo de
Banca de defesa: Araújo, Adelson Paulo de, Polidoro, José Carlos, Straliotto, Rosangela, Abboud, Antonio Carlos de Souza, Lima, Eduardo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9070
Resumo: O trabalho foi dividido em duas etapas. A primeira etapa teve como objetivo avaliar o uso da análise digital de imagens, para a diagnose nutricional de N no tecido foliar do feijoeiro. Três cultivares foram crescidas em vasos sob duas doses de N e P aplicadas ao solo. No estádio de emissão de vagens, foi mensurado o índice de clorofila Falker nos trifólios, as imagens dos trifólios foram digitalizadas, e determinado o teor foliar de N. Nas imagens, foi atribuída uma nota com o software AFSoft, baseado na área ocupada por padrões de verde previamente estabelecidos. A nota AFSoft mostrou-se uma ferramenta viável para estimar o teor foliar de N no feijoeiro. A segunda etapa teve como objetivo avaliar o desenvolvimento e a senescência foliar de cultivares de feijoeiro, em resposta à aplicação de diferentes doses de N e P no solo. Foram realizados dois experimentos. O primeiro experimento teve esquema fatorial 3x2x2x3, combinando três cultivares (Iraí, ICA Pijao e Carioca), duas doses de P aplicado ao solo (20 e 100 mg P kg-1), dois níveis de N (baixo N, com 30 mg N kg-1 no plantio, e alto N, com 60 mg N kg-1 no plantio e duas aplicações de cobertura com 300 mg de N por vaso) e três coletas (estádios de emissão de vagens, início de enchimento de vagens, e 10 dias após a segunda coleta), em vasos com 11 kg de solo. As folhas senescentes foram coletadas e agrupadas em duas fases do experimento. Nas coletas as plantas foram separadas em raízes, caules, folhas primárias e trifólios, determinando-se a área foliar e os teores de N. No segundo experimento foi adotado um esquema fatorial 5x2x2x2, combinando cinco cultivares (Iraí, ICA Pijao, Manteigão, Carioca e Ouro Negro), duas doses de N, duas doses de P (as mesmas doses de N e P do primeiro experimento) e duas coletas (início de enchimento das vagens e maturação dos grãos). As folhas foram contadas semanalmente e as folhas senescentes coletadas. Nas coletas, as plantas foram separadas em raízes, caules, folhas, vagens e grãos. No material vegetal foram determinados os teores de N e P. De forma geral, as plantas que receberam menores doses de P apresentaram menor massa seca de folhas, raízes, caules, vagens, parte aérea e maior deposição de folhas senescentes, portanto, a limitação de P aumenta a senescência foliar do feijoeiro. O estádio de máximo número de folhas foi obervado em torno de 50 dias após emergência, não variando com o suprimento de N e P no solo. A área foliar especifica manteve-se relativamente estável em diferentes estratos da planta. Os efeitos das doses de P foram mais intensos que os efeitos das doses de N, em todo o ciclo de desenvolvimento e senescência foliar do feijoeiro, uma vez que houve uma maior interferência do P na quantidade de N encontrada nos tecidos vegetais do feijoeiro. Nas doses de baixo P, as plantas translocaram mais N e P das folhas, caules e raízes para as vagens e grãos. Do total de N e P translocado para as vagens e grãos, as folhas responderam pela translocação de 84% de N e 57% de P, os caules por 10% de N e 24% de P e as raízes por 6% de N e 19% de P, na média das doses de adubações. Os índices de colheita aparente apresentaram resultados semelhantes aos índices de colheita real. Desta forma, pode-se usar os índices de colheita aparente para expressar a capacidade de alocação de biomassa, N e P nos grãos de um genótipo de feijoeiro. A cultivar Ouro Negro foi mais eficiente na translocação de N e P durante a formação das sementes de feijão.