Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Luiz Figueira
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Peixoto, Paulo Fernando de Vargas
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9649
|
Resumo: |
A Palicourea marcgravii (Pm), a planta tóxica mais importante no Brasil, é responsável por cerca da metade das mortes por intoxicação natural em bovinos no País. A intoxicação cursa com evolução superaguda e morte súbita, atribuída ao ácido monofluoroacético, substância de alta toxidez para diversos mamíferos, inclusive o homem. A terapêutica homeopática emprega soluções ultradiluídas e dinamizadas e há evidências suficientes para explorá-la como possível proteção contra intoxicações. Os objetivos deste trabalho foram comparar os efeitos tóxicos dos extratos aquoso (EA) e hidro-alcoólico (tintura-mãe - TM) de Pm em ratos e avaliar o efeito das soluções ultradiluídas e dinamizadas (Pm 6CH e Pm 30CH) sobre a tolerância e ação tóxica da planta e avaliar a ocorrência de alterações clínicas, necroscópicas e histopatológicas em ratos não-intoxicados tratados com essas soluções. O EA, a TM, a Pm 6CH e a Pm 30CH foram administrados a 49 ratos distribuídos em seis grupos-teste; dois grupos adicionais foram mantidos como controle. Os grupos EA e TM foram constituídos por 10 animais cada, que receberam doses que variaram de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. Os grupos UD6EA e UD30EA foram constituídos por cinco ratos cada e receberam 1mL das soluções Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, e após oito dias 2g/kg do extrato aquoso de Pm, por via intragástrica. Os grupos UD6 e UD30, constituídos por cinco ratos cada, receberam 1mL de Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, durante 63 dias. Os animais foram avaliados por parâmetros clínicos, comportamentais (campo aberto e labirinto em cruz elevado), achados de necropsia e exames histopatológicos. Ocorreu morte superaguda com as doses de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. No grupo EA observaram-se prostração e hiperexcitabilidade nervosa, seguida, ou não, por crise convulsiva e no grupo TM depressão nervosa acentuada, sem convulsão. Havia ainda pêlos eriçados, dispnéia, cianose de extremidades, e hipotermia. À necropsia observaram-se fígado congesto e dilatação cardíaca e pelo exame histopatológico, degeneração hidrópicovacuolar em túbulos contornados distais dos rins e congestão em vários órgãos. Houve diferenças nas latências para o aparecimento dos primeiros sinais clínicos, de convulsão e ocorrência de morte entres os grupos UD30EA, UD6EA e EA1 (Pm 2g/kg), mas o numero de animais foi considerado pequeno para se atribuir efeito protetor das soluções ultradiluídas e dinamizadas à intoxicação pela planta. Os grupos UD6 e UD30 não apresentaram diferenças clínicas, comportamentais ou necroscópicas em comparação com o grupo controle. Conclui-se que o extrato aquoso produz excitabilidade nervosa e convulsão e a tintura-mãe depressão nervosa, que há efeito acumulativo e que as soluções ultradiluídas e dinamizadas não induziram aumento ponderal da tolerância aos efeitos tóxicos da Pm e não produziram alterações no estado de saúde dos animais sadios. |