Comunidades insulares de serpentes da baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Lamonica, Rita de Cássia lattes
Orientador(a): Silva, Hélio Ricardo da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10880
Resumo: Este trabalho apresenta uma síntese do conhecimento atual sobre a diversidade de serpentes de algumas ilhas da baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. A ilha da Marambaia e a ilha de Itacuruçá foram inventariadas com auxílio de diferentes métodos durante dois anos e nove meses e um ano e nove meses, respectivamente; já as informações sobre as serpentes da ilha Grande e de áreas continentais foram obtidas em coleções zoológicas e da literatura. Conceitos relacionados ao modelo de fragmentação de habitat são discutidos com base nos inventários. Para a Marambaia, foram registradas 20 espécies de serpentes, distribuídas em cinco famílias: Colubridae (15 spp.), Viperidae (2), Anomalepididae (1), Boidae (1), Elapidae (1). Para a ilha de Itacuruçá foram registradas 11 espécies, distribuídas em qua tro famílias: Colubridae (8 spp.), Boidae (1), Elapidae (1) e Viperidae (1). A fauna insular de serpentes é uma subamostra daquela com ocorrência no continente. Entretanto, devido à possibilidade dos inventários estarem incompletos, não é possível ainda afirmar se a ausência de espécies em localidades insulares resulta de eventos locais de extinção relacionados a processo de insularização, ou à falta de coletas. Diferente de nossas expectativas, os dados apresentados para as comunidades insulares de serpentes são mais completos que os disponíveis para as áreas continentais, evidenciando a necessidade de esforço amostral adicional nessas regiões. A partir dos dados levantados, avaliamos ainda possíveis efeitos do isolamento geográfico sobre as populações insulares de Micrurus corallinus, a espécie mais abundante nos levantamentos. Foram observadas alterações no número de anéis pretos desta serpente na amostra da ilha da Marambaia, indicando que esta população, isolada geograficamente das populações continentais há alguns milhares de anos, já apresenta algum nível de variação decorrente deste isolamento.