Infecção natural por Cryptosporidium sp. em aves domésticas comercializadas em mercados municipais no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gomes, Raquel Saucier lattes
Orientador(a): Bomfim, Teresa Cristina Bergamo do lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11842
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo identificar a ocorrência da infecção pelo protozoário do gênero Cryptosporidium em aves domésticas comercializadas em dois mercados municipais situados no município do Rio de Janeiro - RJ, e associar possíveis fatores de risco relacionados à infecção. No total foram adquiridas 180 aves, sendo 60 patos (Anas platyrhynchos), 60 pintos (Gallus gallus) e 60 codornas (Coturnix japonica). As aves foram encaminhadas ao laboratório de Protozoologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e acondicionadas em gaiolas individuais. A ocorrência e dinâmica de Cryptosporidium sp. nessas aves foram estudadas através da técnica de centrífugo-flutuação. Mensurações do maior diâmetro e menor diâmetro dos oocistos foram realizadas e comparadas entre as aves dos mercados. No mercado de Madureira um total de 29 (96,7%) patos, 20 codornas (66,66%) e 30 pintos (100%) apresentaram infecção por Cryptosporidum sp. e no mercado de Campo Grande 17 (56,7%) patos, 13 codornas (43,33%) e 22 (73,33%) pintos estavam infectados. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas para a ocorrência da infecção entre os pintos e de patos dos dois mercados, porém não para codornas. O período pré-patente da infecção variou entre 2 e 8 dias e período patente entre 3 a 46 dias. Patos possuem uma maior resistência à aquisição da infecção por Cryptosporidium sp. que pintos e codornas, porém uma vez estabelecida a infecção, esta possui maior período patente, com altas concentrações de oocistos nas fezes, se comparado a pintos e codornas. Pode-se concluir que a infecção natural por Cryptoporidium é frequente nas aves estudadas. Patos, pintos e codornas podem ser disseminadores de criptosporidiose em mercados municipais, criações domésticas e/ ou de subsistência dentro do município do Rio de janeiro, assim como podem constituir risco para infecção em humanos, como crianças, tratadores, comerciantes e frequentadores do local. Mais estudos serão feitos para a elucidação dos fatores de risco associados à infecção por Cryptosporidium sp., assim como estudos de caracterização molecular de isolados provenientes dos mercado municipias no Rio de Janeiro.