Habilidades sociais de crianças e adolescentes de instituições acolhedoras vítimas de violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Calabar, Fernanda Pereira lattes
Orientador(a): Souza, Wanderson Fernandes de
Banca de defesa: Souza, Wanderson Fernandes de, Peixoto, Ana Cláudia de Azevedo, Pires, Emmy Uehara, Norte, Carlos Eduardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14533
Resumo: Os acolhimentos institucionais são medidas provisórias e excepcionais, sendo efetivadas como medida de proteção à criança e ao adolescente quando seus direitos foram ameaçados ou violados por meio de qualquer forma de violência. Entretanto, algumas pesquisas indicam que a institucionalização pode criar condições favoráveis à manifestação de distúrbios psicológicos e ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. Apesar do avanço significativo na concepção do cuidado e das mais diversas formas de proteção, a violência contra crianças e aos adolescentes não deixou de ocorrer. Neste escopo, este trabalho tem por objetivo realizar o mapeamento das habilidades sociais de crianças e adolescentes vítimas de violência que vivem em situação de acolhimento institucional. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre estudos na área da infância e adolescência; habilidades sociais; os tipos de violências e suas consequências; além da construção histórica de instituições acolhedoras. Foi aplicado o Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência Acadêmica para Crianças (Formulário Criança e Formulário Pais), com a participação de 12 crianças/adolescentes de 06 a 13 anos, acolhidos nos municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi e Mesquita, no ano de 2017, além da participação de 05 cuidadores que tiveram mais de 2 meses de contato direto com o institucionalizado. Os resultados obtidos, segundo os cuidadores, apontam os seguintes resultados: na classificação geral de habilidades sociais 91,7% estavam abaixo da média, sendo o campo civilidade (91,7% abaixo da média) e autocontrole (75% abaixo da média) que mais se destacam. Na percepção das crianças/adolescentes, a classificação geral de habilidades sociais: 41,7% estavam abaixo da média, contudo, 41,7% também apresentaram classificação bom. Autocontrole/civilidade foi a habilidade que mais se destacou abaixo da média (50%). Este resultado indica que, para lidarem com as adversidades ocasionadas pela violência que sofreram e consequentemente com o acolhimento institucional, desenvolver um repertório elaborado de habilidades sociais pode ser considerado como fator de proteção contra os problemas ocasionados pela violência para crianças e adolescentes acolhidos, pois é um indicador de ajustamento psicossocial, de desenvolvimento saudável e de qualidade de vida, além de ser um preditor significativo de competência acadêmica.