Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Aline Ribeiro
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Orientador(a): |
Machado, Mariana Teixeira da Costa
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Banca de defesa: |
Machado, Mariana Teixeira da Costa,
Cerqueira e Silva, Klycia Fidélis,
Santos, Matheus Augusto Silva,
Oliveira, Renata Nunes,
Oliveira, Valeria Moura de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19040
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Resumo: |
Os produtos apícolas são muito utilizados por suas habilidades terapêuticas e capacidade em atenuar inflamações por meio da elevação da resposta imunológica. Eles apresentam significativa quantidade de compostos funcionais e protegem contra danos oxidativos, porém esses compostos são facilmente degradados. A gelificação iônica é uma técnica de encapsulação usada para proteção desses compostos bem como sua veiculação. Desta forma, este estudo tem por objetivo analisar compostos bioativos e capacidade antioxidante da própolis e influência do método de extração e solvente extrator sobre eles, assim como encapsular própolis e geleia real pelo método de gelificação iônica. Sendo assim, a tese foi dividida em 3 capítulos, onde no Capítulo I foi realizada uma revisão sobre as propriedades terapêuticas de produtos apícolas e a influência da pandemia de COVID-19 no mercado brasileiro destes. O capítulo II teve como objetivo avaliar a extração de própolis com óleo de canola como alternativa ao extrato etanólico de própolis. A comparação dos extratos foi feita por suas características físicas e propriedades funcionais, como quantidade de composto fenólicos, flavonoides e capacidade antioxidante. O extrato oleoso apresentou maior quantidade de compostos fenólicos quando comparado ao extrato alcoólico, porém menor rendimento de extração. O extrato alcoólico obteve vantagem no teor de flavonoides, capacidade antioxidante por DPPH e FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power). Durante a vida útil dos extratos, o extrato alcoólico obteve uma menor perda de compostos fenólicos e capacidade antioxidante, porém obteve uma maior perda de flavonoides. O estudo de digestão gastrointestinal simulada in vitro apresentou liberação diferente em todas as fases. O extrato oleoso teve maior liberação de compostos fenólicos na fase oral, enquanto o extrato alcoólico teve liberação gradual ao longo do ensaio, atingindo sua máxima ao final da fase intestinal. No FTIR foi possível observar diferenças nos dois extratos relacionadas a compostos extraídos. Por fim, observou-se que o extrato oleoso de própolis pode ser uma alternativa ao extrato alcoólico. O capítulo III teve como objetivo encapsular o extrato oleoso de própolis e geleia real por gelificação iônica e avaliar seu rendimento, a estabilidade das partículas geradas e o perfil de liberação in vitro. A mistura composta por própolis e geleia real obteve 11,7 mg/g de compostos fenólicos, 0,2 mg/g de compostos flavonoides e respectivamente 2027,1 e 2202,3 ug/g de capacidade antioxidante por DPPH e FRAP. As partículas foram testadas em diferentes proporções de pectina:mistura e a proporção 80:20 pectina:mistura foi selecionada para caracterização com 92,5% de eficiência de encapsulação de compostos fenólicos e 78,7 e 36,6% de manutenção da capacidade antioxidante por DPPH e FRAP, respectivamente. No estudo da estabilidade à estocagem as partículas obtiveram uma menor perda de compostos fenólicos e capacidade antioxidante por DPPH quando estocadas em refrigeração, em comparação a mistura não encapsulada. As partículas apresentaram formato irregular e tamanhos predominando entre 1 e 1,2 mm. Durante a simulação no trato gastrointestinal foi observada maior bioacessibilidade de compostos fenólicos nas partículas em relação à mistura livre. Na análise de FTIR foi confirmada a encapsulação do extrato oleoso de própolis na partícula de pectina. Por fim, foi observado que o processo de gelificação iônica produziu partículas estáveis, com eficiente manutenção da capacidade antioxidante e melhor bioacessibilidade quando comparadas ao extrato livre. |