Avaliação da extração do óleo de ora-pro-nóbis (pereskia aculeata miller): uma abordagem comparativa e modelagem matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Assumpção, Isabela Cristina Porto lattes
Orientador(a): Mendes, Marisa Fernandes lattes
Banca de defesa: Mendes, Marisa Fernandes lattes, Pereira, Cristiane de Souza Siqueira lattes, Lirio, Cláudia Ferreira da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18598
Resumo: A Pereskia aculeata Miller, também conhecida como ora-pro-nóbis, é uma planta rica em proteínas que integra as PANC (Plantas Alimentícias Não-Convencionais). Ela contém compostos fenólicos, fitosteróis, flavonoides e terpenos, associados a diversos potenciais biológicos, como antioxidante, anticancerígeno e outros. De forma a promover a extração seletiva dos compostos de interesse, a extração supercrítica vem sendo estudada como uma alternativa às técnicas de extração convencionais, baseadas no uso de solventes, devido a sua alta seletividade e obtenção de extratos puros. Todavia, trabalhos na literatura envolvendo essa espécie ainda são raros e, com isso, o presente trabalho teve como objetivo empregar a extração com dióxido de carbono supercrítico para obter extratos de alto valor agregado a partir do óleo essencial de ora-pro-nóbis e investigar a ação antitumoral da espécie. O CO2 foi empregado como fluido supercrítico e os experimentos foram conduzidos em diferentes condições (200 – 500 bar, 40 – 60 °C), segundo um planejamento do tipo DCCR. Para isso, 10 g de folhas de secas e moídas foram alimentadas a um extrator, o qual foi conectado a uma bomba de alta pressão e um banho termostático. O maior rendimento da extração com CO2 supercrítico foi obtido para a condição de 456 bar e 74 °C, de 0,23%, enquanto as técnicas de maceração dinâmica, Soxhlet e ultrassom com hexano tiveram rendimentos de 8,5%, 7,47% e 2,4%, na ordem. Foi identificada a presença de hidrocarbonetos nos extratos e, em menor fração, terpenos, flavonoides e fitosteróis como fitol, lupeol, taraxerol e sitosterol. As amostras de maior rendimento foram submetidas a um ensaio in vitro para avaliação do potencial antitumoral contra linhagens de câncer de pulmão (A549), leucemia (K562) e câncer de mama (MCF7). Embora nenhuma amostra tenha demonstrado atividade antitumoral significativa, os melhores resultados foram obtidos sob as condições de 244 bar e 46 °C, e 456 bar e 46 °C, com concentração de 150 μg/mL. O processo de extração foi modelado aplicando os modelos de Brunner (1984), Sovová (1994), Esquível et al. (1999), Reverchon e Osseo (1994) e Zeković et al. (2003). A solubilidade do óleo foi avaliada pelos modelos de Chrastil (1982), del Valle e Aguilera (1988), Adachi e Lu (1983) e Gordillo et al. (1999). Para o estudo cinético, o modelo de Sovová (1994) foi o que melhor representou o processo de extração, enquanto o modelo de Gordillo et al. (1999) forneceu o melhor ajuste para os dados de solubilidade. Os resultados da simulação para separação dos constituintes do óleo mostrou que, ao empregar 3 flashs associados em série, nas condições de 150 bar e 80 °C, 600 bar e 40 °C e 80 bar e 40 °C foi possível obter correntes enriquecidas com estigmasterol (99,21%), 2,4-ditercbutilfenol (71,92%) e ácido palmítico (27,12%), a partir de uma alimentação equimolar de fitol, β- sitosterol, estigmasterol, 2,4-ditercbutilfenol, taraxerol e ácido palmítico.