A chuva como evento deflagrador de um perigo à população de Angra dos Reis - RJ: caracterização temporal e espacial da precipitação no período de 2001 a 2016
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13760 |
Resumo: | As características pluviométricas e suas variações provocam impactos, principalmente em áreas com fragilidade ambiental. Esta pesquisa tem por objetivo definir a partir de qual total pluviométrico a chuva se constituirá enquanto ameaça ou efetivamente em perigo à população do município de Angra dos Reis. O intuito é responder se os desastres ocorridos nessa última década são frutos da maior frequência e intensidade dos eventos extremos e/ou das situações de risco criadas a partir da vulnerabilidade social da população e suas formas de ocupação. Assim colaborar-se-á com a redução das ocorrências de desastres na região, possibilitando a minimização de danos materiais e perdas de vidas. Inicialmente foram analisadas cartas sinóticas para observar o desempenho da atmosfera nos dias dos eventos severos com grande destaque na mídia, e que realmente apresentaram os maiores registros de precipitação em 24 horas; modelagem de dados diários de precipitação obtidos de estações meteorológicas convencionais e pontos TRMM distribuídos ao longo da região da Costa Verde Fluminense através do Software Estatístico R; e o mapeamento da distribuição e intensidade das chuvas através do Software ArcGis® 10.1. A distribuição espacial da precipitação é fortemente influenciada pela topografia e pela distância do litoral, fazendo com que os máximos de precipitação, ocorram a barlavento da Serra do Mar. No tratante aos três eventos catastróficos nos anos de 2002, 2010 e 2013, observa-se que os totais de pluviosidade registrados: foram maiores que a média histórica nos meses de dezembro e janeiro; foram maiores no município de Angra dos Reis; estiveram associados à passagem de sistemas frontais; foram maiores a cada evento; apenas os eventos de 2010 e 2013 se consolidaram como um evento extremo a partir do cálculo percentil 95. As consequências causadas pelos eventos extremos tornaram-se mais graves devido à condição de vida da população, ruim/regular, nessas localidades. Assim, percebe-se que os problemas enfrentados em Angra dos Reis são uma conjunção de processos naturais e sociais ocasionados pela proximidade da vertente da Serra do Mar com o oceano atlântico, fazendo com que episódios eventuais se tornem catastróficos para uma parcela da população, normalmente aquelas que por não possuírem condições financeiras, acabam por ocupar as encostas, as mais afetadas por fenômenos naturais mais intensos. |