Efeito do enxerto ósseo córtico-esponjoso no reparo de falha cortical ulnar de Galinhas domésticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Balthazar, Daniel de Almeida lattes
Orientador(a): Silva, Marta Fernanda Albuquerque da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14125
Resumo: As fraturas em aves representam um desafio para os cirurgiões, pois suas características ósseas peculiares associadas ao tipo de trauma a que geralmente essas espécies são expostas determinam fraturas cominutivas ou até mesmo a perda de segmentos ósseos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do enxerto ósseo córtico-esponjoso na osteogênese em falha cortical ulnar de galinhas domésticas (Gallus domesticus), através do acompanhamento clínico, radiológico e histopatológico da reparação óssea. Foram utilizadas 18 galinhas, fêmeas, com idade aproximada de 70 semanas, pesando aproximadamente dois quilos e meio. Para efeitos de redução no número de animais utilizados, os mesmos foram submetidos ao processo cirúrgico em ambas as asas, cada uma incluída no grupo Controle (Grupo I) ou tratado (Grupo II), e subdivididos aleatoriamente em quatro sub-grupos de acordo com o período de observação. Após jejum hídrico e alimentar de 6 horas foi aplicada pré-anestesia e posteriormente realizada indução anestésica com máscara, seguindo-se a intubação e manutenção em circuito sem reinalação. Após atingirem o plano anestésico adequado, a face lateral da ulna direita foi acessada cirurgicamente, local onde criou-se uma falha cortical de aproximadamente 3,3 mm de largura e 1,6 mm de profundidade. O mesmo procedimento foi realizado na asa esquerda e, após acesso cirúrgico à carena do esterno, foram retirados dois fragmentos ósseos, os quais foram imediatamente seccionados em pedaços com aproximadamente 3mm e implantados na falha óssea já criada na ulna esquerda. Avaliação clínica foi diária até o 10º dia pósoperatório, passando então a semanal até o final do período de observação de cada grupo (14, 35, 60 e 90 dias), quando os animais foram abatidos com tiopental sódico e foram coletados fragmentos das ulnas direita e esquerda para realização dos exames histopatológico e radiográfico post-mortem das lesões. A única alteração clínica observada foi hematoma com resolução ao 5º dia. Comparando-se os grupos I e II nos diferentes tempos, foi possível observar que houve diferença estatística significante (p<0,05) nos parâmetros radiológicos e histopatológicos de proliferação entre os grupos controle e tratado aos 35 e 90 dias de póscirúrgico. Entretanto, nos momentos 14 e 60 dias não foram observadas diferenças estatísticas significantes. Quando foram comparados os 18 animais dos grupos Controle e Tratado sem levar-se em conta o tempo de observação, foi notada diferença estatística significante (p<0,05) entre os dois grupos. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o processo evolutivo de incorporação do enxerto ósseo córtico-esponjoso mostrou-se bastante semelhante ao relatado em pequenos animais, além de ter demonstrado um potencial osteogênico satisfatório, mesmo sendo observada a necessidade de um tempo maior para sofrer remodelação óssea quando colocado sobre falhas ósseas estáveis que formam pequenas lacunas.