Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Philippe Vieira
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Orientador(a): |
Alejos, José Luis Fernando Luque
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Banca de defesa: |
Arredondo, Nathalia Jaquelina
,
Silva, Claudia Portes Santos
,
Lima, Sueli de Souza
,
Muniz-Pereira, Luís Cláudio |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9198
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Resumo: |
A América do Sul possui a maior diversidade de peixes dulcícolas (teleósteos) do mundo, estes por sua vez podem servir como hospedeiros definitivos de uma fauna igualmente diversa de cestoides proteocefalídeos (Eucestoda: Onchoproteocephalidea), embora estudos taxonômicos robustos e inequívocos sobre o grupo ainda sejam escassos neste continente. No presente estudo, uma abordagem taxonômica integrada de dados morfológicos e moleculares foi empregada, para melhor compreensão da diversidade de proteocefalídeos em peixes sulamericanos. Entre maio de 2013 e outubro de 2015, foram necropsiados 330 espécimes de peixes provenientes de bacias hidrográficas brasileiras, além de 7 espécimes de Odonthestes bonariensis de um lago argentino. Estes hospedeiros foram coletados por pescadores artesanais e imediatamente analisados (in situ) quanto a presença de parasitos. Os proteocefalídeos encontrados foram estudados por microscopia de luz e eletrônica de varredura, sendo que alguns espécimes foram utilizados para o sequenciamento molecular da subunidade maior do DNA ribossomal (28S rDNA, domínios D1–D3). Foram estudados também, exemplares (material tipo ou espécimes ainda não descritos) de proteocefalídeos neotropicais depositados em coleções helmintológicas. No capítulo I, o gênero Frezella foi proposto para acomodar Frezella vaucheri ex Tocantinsia piresi no rio Xingú, Estado do Pará. Análises filogenéticas confirmaram a validade de F. vaucheri. No capítulo II, o gênero Chambriella foi revisado a partir do estudo de indivíduos coletados nas bacias dos rios Amazonas e Paraná; como resultado, Lenhataenia tornou-se sinônimo júnior de Chambriella, sendo que a espécie tipo, C. agostinhoi ex Zungaro jahu (hospedeiro tipo) e Z. zungaro, tornou-se sinônimo júnior de C. megacephala. A segunda espécie de Chambriella, C. paranaensis ex Hemisorubim platyrhynchos, foi transferida para um novo gênero, Riggenbachiella, como R. paranaense. Riggenbachiella amazonense ex Sorubimichthysplaniceps (hospedeiro tipo), Phractocephalus hemioliopterus e Z. zungaro, foi descrita e designada como espécie tipo do novo gênero. Todas as ações taxonômicas foram suportadas por análises moleculares. No capítulo III, o gênero Goezeella foi revisado a partir da redescrição da espécie tipo, G. siluri ex Cetopsis coecutiens (hospedeiro tipo) e Pinirampus pirinampu, confirmação da validade de G. danbrooksi ex Ageneiosus pardalis, e descrição de G. mariae ex Pimelodella cristata no baixo rio Amazonas, Estado do Amapá. Dados moleculares de duas das três espécies, além de uma chave de identificação, foram fornecidas. No capítulo IV, as diagnoses de dois gêneros monotípicos, Ephedrocephalus e Zygobothrium, foram emendadas e as espécies, E. microcephalus e Z. megacephalum ex P. hemioliopterus (hospedeiro de ambos os táxons), foram redescritas. Além disso, uma chave de identificação das espécies de proteocefalídeos parasitos de P. hemioliopterus foi fornecida. Este trabalho reitera a ideia de que o conhecimento da fauna de cestoides proteocefalídeos na América do Sul é incipiente e fragmentário, e que o uso do gene 28S rDNA pode ser importante para discriminação de táxons individuais, porém não auxilia, significativamente, na reconstrução da história evolutiva dos clados neotropicais. |