Somos todos iguais: nacional-desenvolvimentismo, modernização econômica e segregação racial na Companhia Siderúrgica Nacional (1964-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Luís Felipe Nunes lattes
Orientador(a): Fortes, Alexandre lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Felipe Augusto dos Santos lattes, Sales, Jean Rodrigues lattes, Fortes, Alexandre lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20136
Resumo: Esta pesquisa, analisando a primeira metade do período da Ditadura Militar, tem o objetivo de descrever e contextualizar o modo como a Companhia Siderúrgica Nacional promovia junto aos seus trabalhadores os ideais de nacional desenvolvimentismo e de modernização da economia, associando-os à ideia de que existiria na empresa uma democracia racial, ao mesmo tempo que reproduzia no seu interior esferas de estratificação social e desigualdade. A maioria das pesquisas dentro da perspectiva da História Social do trabalho feitas sobre Volta Redonda, durante a ditadura militar, enfocam o período final dos anos de 1970 e os anos 1980. Isso resulta numa menor contextualização sobre os abusos de poder dos militares contra os trabalhadores da cidade, passando uma impressão de certa passividade dos operários. Poucos são os trabalhos que analisam as estratégias que os militares, por meio da CSN, utilizaram visando instrumentalizar a formação ideológica dos operários. Diante deste quadro historiográfico, ainda hegemônico, pretendo matizar esses pontos de vistas, propondo uma nova interpretação para o período na perspectiva da história social do trabalho, particularmente no que diz respeito às conexões entre a questão racial e de classe. Esta pesquisa dá ênfase à abordagem cultural, analisando discursos e trazendo a relevância das relações de etnicidade, levantando provocações ao modo de se pensar a formação de classe operária aliada ao debate de classe e raça.