A Língua Brasileira de Sinais e o ensino bilíngue de astronomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Vanessa Cristina da Silva lattes
Orientador(a): Almeida, Viviane Morcelle de lattes
Banca de defesa: Almeida, Viviane Morcelle de lattes, Porto, Claudio Maia lattes, Gonçalves, Rodrigo de Sousa lattes, Nunes, Valeria Fernandes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20388
Resumo: Ao longo da história a educação de surdos sofreu algumas variações e atualmente a estratégia que se observa a maior eficiência para tal é a educação bilíngue, já que esta prioriza a Libras como língua materna deste público. Sendo assim é urgente que diferentes áreas de conhecimento estejam refletindo sobre como adequar as suas estratégias de ensino para a comunidade surda. Há algumas áreas de conhecimento em que já existem muitos profissionais surdos atuando, tanto trazendo novas abordagens dos conteúdos relacionados, quanto repensando ou criando um vocabulário adequado para a comunicação dos seus conceitos, com base em uma pedagogia visual. Porém essa ainda não é uma realidade para todas as áreas, como por exemplo, a astronomia. Apesar de haver alguns vocabulários associados aos conceitos dessa área, alguns termos carecem de uma maior reflexão sobre a sua representação em Libras, por isso esta pesquisa propõe essa análise tanto sobre os significados de seus termos como dos seus possíveis sinais em Libras para trazer novas propostas que possibilitem um letramento científico visual. Para tanto foi necessário realizar um levantamento de seus significados em língua portuguesa, bem como de seus significantes em Libras em quatro fontes distintas (Spread the Sign, HandTalk, @astronomiaemlibras e TV INES), para posteriormente analisa-los linguisticamente, tanto de forma individual, quanto de forma relacional para verificar sua coerência. Foram selecionados 54 termos para a pesquisa e encontradas apenas 41 representações em Libras em pelo menos uma plataforma. Com os resultados foi possível observar a carência de termos adequados em Libras bem como de uma explicação objetiva, na mesma língua, sobre os seus significados. Com estes resultados novas propostas de sinais foram pensadas, considerando as características visuais da Libras, como a Descrição Imagética e as transferências, os sinais foram propostos desde pequenas correções até neologismos. Além disso a estratégia de pensar previamente em classificadores para cada corpo celeste também foi utilizada, chegando a produção de 15 vídeos. Com esses registros iniciou-se a ampla divulgação através de algumas das mídias sociais mais utilizadas pela comunidade surda. Esperamos ao fim da pesquisa contribuir significativamente, através do produto educacional, para a construção de um vocabulário cientificamente e linguisticamente adequado, que auxilie a comunidade surda na apropriação dos conceitos bem como na comunicação sobre os temas relativos à astronomia.