Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Salgado, Lívia de Barros
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Orientador(a): |
Moraes, Luís Edmundo de Souza
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Banca de defesa: |
Magalhães, Felipe Santos,
Rinaldi, Alessandra de Andrade,
Vianna, Adriana de Resende Barreto,
Macedo e Castro, João Paulo,
Nadai, Larissa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10086
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo compreender como foram sendo disputados e construídos os sentidos daqueles que fizeram oposição à ditadura no Brasil. Os anos em que os militares estiveram à frente do poder ficaram marcados por inúmeras mortes e desaparecimentos dos inimigos do regime. Por meio da Lei de Anistia, de 1979, aqueles que se opuseram à ditadura foram considerados criminosos, responsáveis por atos de violência. O estabelecimento da Constituição de 1988 alterou o cenário e transformou os ditos criminosos em atingidos, sem que houvesse, porém, nenhuma explicação sobre as mortes. Nos anos 1990, com a pressão, sobretudo de movimentos de familiares e ex-presos políticos, novas legislações a respeito do tema surgiram, reconhecendo mortes e desaparecimentos do período, além da condição de anistiado político. Com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), um novo cenário foi possível com o reconhecimento das vítimas. É possível observar que, ao longo da ditadura, aqueles que sofreram violações de direito foram tratados de forma bastante ambígua e fragmentada. Nesse sentido, a proposta desta tese é analisar as transformações ocorridas em torno da construção dessa categoria no Estado e investigar como novas pessoas foram incorporadas a partir de critérios diversos desde 1979, quando foi estabelecida a Lei de Anistia, passando pelas ações políticas dos governos nos anos 1990 e 2000, voltadas para a reparação dos atingidos e de seus familiares até o ano de 2014, quando a CNV divulgou o resultado dos trabalhos com ênfase nas vítimas. Trata-se, portanto, de perceber como aqueles que sofreram com as violações se tornaram uma questão dentro do estado. |