PNATER e abordagens pedagógicas: pesquisa participativa com produtores rurais assentados, agentes extensionistas e professores de curso técnico em agropecuária do Estado do Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vieira, Andreia de Oliveira lattes
Orientador(a): Costa Neto, Canrobert Penn Lopes lattes
Banca de defesa: Loreiro, Frederico, Yukizaki, Suemy
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12379
Resumo: Desde a implantação da extensão rural no Brasil, esta tem sido exercida através de enfoques pedagógicos que desconsideram os conhecimentos dos agricultores, as relações econômicas, culturais e sociais estabelecidas, as condições ambientais dos locais com o objetivo de aumentar a produção ao custo do aporte de altas doses de insumos externos. Este modelo de produção causou degradação de grandes áreas, contaminação das águas, solos e ar, extinção de diversas espécies da fauna e flora, endividamento dos produtores rurais, concentração de terras e as desigualdades sociais. Para minimizar estes impactos negativos foi criada e implantada em 2004 a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER, que orienta a adoção de metodologias participativas na realização das atividades de ATER. A presente pesquisa tem como objetivo analisar os métodos e técnicas utilizados na prática educativa da extensão rural pela Empresa Matogrossense de pesquisa, assistencia técnica e extensão rural - EMPAER-MT, relacioná-los com as metodologias sugeridas pela PNATER e analisar se o curso técnico em agropecuária oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFMT - Campus Parecis está formando esses profissionais futuros agentes de ATER para atender aos desafios propostos pela Lei de ATER. A pesquisa de campo foi realizada através de entrevistas com produtores do Assentamento Nossa Senhora Aparecida, questionários e entrevistas com os agentes de ATER da EMPAER-MT, análise do curso de formação de agentes de ATER do Estado de Mato Grosso, análise da matriz curricular do curso técnico em agropecuária do IFMT – Campus Parecis – bem como entrevistas e questionários com os professores deste curso. Concluiu-se que a metodologia empregada pelos agentes não é participativa, visto que o agente, ao visitar a unidade familiar procede da forma tradicional estendendo seus conhecimentos e desconsiderando o saber dos agricultores. Constatou-se que o curso técnico em agropecuária do IFMT – Campus Parecis não está formando técnicos para atuarem como agentes de ATER como orienta a PNATER, pois se observa a prioridade na aprendizagem das técnicas e domínios dos cultivos para atuar na agricultura de grande escala.