Avaliação do Efeito anti-Leishmania de derivados mesoiônicos de 1,3,4 tiadiazólio sobre L.amazonensis in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rosa, Alice dos Santos lattes
Orientador(a): Silva, Lucia Helena Pinto da lattes
Banca de defesa: Silva, Lucia Helena Pinto da lattes, Rodrigues, Juliany Cola Fernandes lattes, Santos, Eduardo Caio Torres dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11958
Resumo: As leishmanioses são um conjunto de doenças que afetam milhões de pessoas anualmente no mundo, principalmente a população em vulnerabilidade econômica, por tal razão essa enfermidade faz parte do grupo de doenças negligenciadas. As leishmanioses são causadas pelo protozoário do gênero Leishmania e transmitidas a diversos mamíferos, incluindo o homem e o cão doméstico, por dípteros pertencentes aos gêneros Lutzomyia e Phlebotomus. Suas manifestações clínicas variam conforme a espécie de mamífero infectado, apresentando em humanos um amplo espectro clínico, e no cão, manifestações viscero-cutâneas. Os fármacos utilizados no tratamento dessa doença possuem elevado custo de produção e uma alta toxicidade, gerando diversos efeitos colaterais. Além disso, em países endêmicos, têm ocorrido o aparecimento de cepas resistentes. Por esses motivos, torna-se necessário a busca por novas moléculas bioativas. Os sais mesoiônicos são uma subclasse do grupo betaína amplamente estudada pela indústria farmacêutica desde a década de 50, que exibem extensa atividade biológica. Nosso trabalho tem por objetivo analisar os efeitos citotóxicos de três compostos mesoiônicos, MI-4 Cl (4-fenil-5-(4-cloro-fenil) -1,3,4-tiadiazólio-2-fenilamina), MI-3,4 diCl (4-fenil-5-(3,4-dicloro-fenil) -1,3,4-tiadiazólio-2-fenilamina) e MI-3,4 diF (4-fenil-5-(3,4-difluor-fenil) -1,3,4-tiadiazólio-2-fenilamina), sobre Leishmania amazonensis in vitro. Para avaliar o efeito anti-promastigotas, promastigotas de L.. amazonensis foram incubadas com diferentes concentrações dos sais mesoiônicos por até 72 horas. Nossos resultados demonstram que os sais mesoiônicos MI-3,4 diCl, MI-4Cl e MI-3,4 diF foram tóxicos, tendo valores de IC50/48 h de 14,3, 40,1 e 61,8 μM, respectivamente. O efeito anti-amastigota foi avaliado em macrófagos infectados e nossos resultados demonstram que os compostos clorados possuem efeito tóxico contra as amastigotas com IC50/24 h de 33 μM (MI-4Cl) e 43 μM (MI-3,4diCl). Nenhum dos compostos mesoiônicos testados apresentam toxicidade para célula hospedeira até a concentração testada de 100 μM. A produção de óxido nítrico (NO) em macrófagos estimulados ou não com LPS na presença dos sais demonstrou que somente o composto MI-3,4 diCl reduziu os níveis de NO em até 2x. A análise do perfil lipídico de promastigotas tratadas com os sais mesoiônicos não mostrou alteração na composição dos lipídios neutros. A avaliação do potencial de membrana mitocondrial, mostrou que somente o composto MI-4Cl foi capaz de reduzir o potencial de membrana mitocondrial em 50%. Portanto, os resultados sugerem que os sais mesoiônicos MI-4Cl e MI-3,4diCl apresentam um potencial efeito anti-Leishmania