Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Justino, Keittimere Aparecida
 |
Orientador(a): |
Freire, Gilson Costa
 |
Banca de defesa: |
Freire, Gilson Costa
,
Silveira, Eliete Figueira Batista da
,
Barros, Daniela Samira da Cruz
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15422
|
Resumo: |
Segundo pesquisas variacionistas diacrônicas (cf. DUARTE, 1993; BRAVIN DOS SANTOS, 2006, 2010) e sincrônicas (cf. COELHO et.al., 2010; GRAVINA, 2014), o português brasileiro manifesta um processo de mudança em progresso, passando de uma língua de sujeito nulo, principalmente devido à simplificação do paradigma pronominal, para uma língua de marcação negativa no parâmetro pro-drop. Dessa forma, este trabalho, baseado nas contribuições da Sociolinguística ao ensino, em especial a teoria dos contínuos de variação linguística (cf. BORTONI-RICARDO, 2004), pretende descrever o fenômeno variável acima apresentado em textos de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, numa escola pública da rede da Prefeitura de Itatiaia. Objetiva-se, por um lado, (i) fornecer uma contribuição para o ensino de Língua Portuguesa no que diz respeito à abordagem sistemática da variação linguística em sala de aula, conforme propõem os documentos oficiais, tais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); por outro, (ii) favorecer o letramento dos alunos envolvidos na pesquisa, tornando-os capazes de reconhecer as variantes mais frequentes em eventos tanto de oralidade quanto de letramento, aproximando-os das práticas linguísticas dos indivíduos cultos. A fim de alcançar os objetivos supracitados, desenvolveu-se uma mediação pedagógica que promoveu a aplicação de atividades de retextualização de textos orais a escritos (cf. MARCUSCHI, 2010) nos gêneros relato de experiência e causo. De modo geral, os resultados evidenciaram que a escrita dos alunos participantes da pesquisa, antes permeada por muitos sujeitos preenchidos como reflexo da oralidade, passou a apresentar maior frequência de sujeitos nulos, aproximando-se da prática escrita da sociedade letrada, que privilegia o apagamento da posição de sujeito em eventos de letramento, ou seja, em textos mediados pela cultura escrita. Por conseguinte, percebeu-se que os alunos, quando conscientizados da existência da variação linguística, tendem a usar a língua de modo reflexivo, transitando com eficiência entre eventos de oralidade e letramento, aumentando dessa forma seu desempenho linguístico, objetivo primado pelos documentos oficiais que estabelecem orientações para o ensino (cf. BRASIL, 1998, 2001, 2016). |