Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Paula, Davison Roberto de
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Orientador(a): |
Carvalho, Danilo Bilate de
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Banca de defesa: |
Carvalho, Danilo Bilate de,
Carvalho, André Martins Vilar de,
Julião, José Nicolao |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13505
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Resumo: |
Nietzsche anuncia em Tentativa de autocrítica, o prefácio escrito em 1886 para O nascimento da tragédia (1872), que o essencial na sua obra de juventude consiste em se opor às interpretações e justificativas morais da existência. A história do Ocidente é a narrativa pela qual engendrou-se a partir do socratismo e do cristianismo um juízo condenatório da vida. A negação da vida através da moral inicia o niilismo. O fenômeno do niilismo torna-se objeto de constante análise em sua reflexão filosófica a partir de 1880. Visando a compreensão deste tema polissêmico, Nietzsche relaciona as suas diversas manifestações a partir de um eixo comum: a interpretação moral da existência. O filósofo pretende realizar a travessia do niilismo a partir de uma interpretação e de uma justificativa estética, como forma de afirmação da vida, denominada de dionisíaca. O dionisíaco é o pathos trágico, a forma afirmativa por excelência. O trágico torna-se o conceito fundamental para a compreensão do significado da existência que se configura na identificação de vida e vontade de poder, cuja tragicidade é a luta incessante dos antagonismos. Deste modo, pretendemos elucidar no primeiro momento a tragicidade da existência, o que tem nela de trágico, e, por que ela é trágica. No segundo momento, a investigação procura elucida a negação da existência, situando o momento crepuscular de interpretação moral e niilismo, tendo em vista o horizonte desvastador da morte de Deus. Dada a ambiguidade do niilismo que pode significar tanto um estado de esgotamento como um estado de força, partimos da hipótese que ele precisa ser superado. No terceiro momento, analisaremos a superação do niilismo que será realizada pela interpretação trágica, na qual haja uma transvaloração dos valores com os quais a existência foi julgada, condenada e negada. A transvaloração estética pode ser pensada como promessa de superação e como realização da travessia do niilismo, oferecendo uma nova forma de compreender o devir, o sofrimento e a si mesmo. O pathos trágico é a transvaloração estética da existência, e através dele vivencia-se o “torna-te o que tu és”. |