Potencial biotecnológico da bacteriocina gluconacina recombinante de Gluconacetobacter diazotrophicus, estirpe pal5, sobre microrganismos de importância agrícola para as culturas de cana-de-açúcar e tomate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ramos, Elizabeth Teixeira de Almeida lattes
Orientador(a): Baldani, José Ivo lattes
Banca de defesa: Baldani, José Ivo, Carmo, Margarida Goréte Ferreira do, Salles, Cristiane Martins Cardoso de, Schwab, Stefan, Soares, Luis Henrique de Barros
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9989
Resumo: Gluconacina é uma bacteriocina produzida pela bactéria diazotrófica Gluconacetobacter diazotrophicus, estirpe PAL5. O presente estudo teve como objetivo estabelecer as melhores condições para produção heteróloga e purificação desse peptídeo antimicrobiano, e avaliar seu espectro de ação sobre fitopatógenos e bactérias benéficas de importância para as culturas de cana-de-açúcar e tomate. Foram realizadas avaliações in vitro para elucidar o mecanismo de ação dessa bacteriocina, além de verificar sua estabilidade frente à alterações físicas e químicas. O potencial biotecnológico da gluconacina foi testado in vivo em plantas de tomate na proteção contra Xanthomonas perforans, agente causal da mancha bacteriana. Os resultados demonstraram que a gluconacina recombinante foi expressa e purificada de forma satisfatória. Este agente antimicrobiano demonstrou amplo espectro de atuação, inibindo o crescimento de todos os fitopatógenos bacterianos avaliados. Em adição, a gluconacina também demonstrou antagonismo contra algumas estirpes benéficas pertencentes a espécies de Bacillus e outras estirpes de G. diazotrophicus. Células do fitopatógeno X. albilineans (microrganismo modelo) tratadas com a bacteriocina apresentaram perda de fosfato inorgânico e compostos absorventes de UV. As análises de microscopia de varredura demonstraram que as células foram totalmente lisadas após o tratamento, sugerindo que a bacteriocina gluconacina altera a integridade da membrana e aumenta sua permeabilidade, resultando em completa lise celular. Os resultados de caracterização físico-química indicaram estabilidade da atividade antibacteriana em altas temperaturas e pH’s ácidos, enquanto foi observada redução dessa atividade após o tratamento com algumas proteases e surfactantes. As avaliações em casa de vegetação demonstraram significativa redução dos sintomas da mancha bacteriana em plantas tratadas com o peptídeo antimicrobiano, sugerindo grande potencial biotecnológico.