Viver com doença crônica em contexto universitário: desafios na adultez emergente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Barbara Cecilia Lima da lattes
Orientador(a): Gonzalez, Lilian Maria Borges lattes
Banca de defesa: Gonzalez, Lilian Maria Borges, Rocinholi, Luciene de Fátima, Vicente, Carla Cristine, Santos, Sílvia Renata Magalhães Lordello Borba
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14487
Resumo: A adultez emergente é caracterizada como uma etapa de transição entre a adolescência e a idade adulta, que inclui experimentação de papéis sociais e construção de projetos de vida. Nessa fase do desenvolvimento, a vivência universitária pode constituir uma oportunidade de crescimento e amadurecimento no âmbito intelectual e nas relações interpessoais. Mas, ao ser diagnosticado com uma doença crônica, o jovem universitário precisará lidar com mudanças biopsicossociais que poderão dificultar sua adaptação às exigências acadêmicas. O objetivo dessa pesquisa qualitativa foi compreender o impacto do adoecimento sobre a vida universitária de adultos emergentes. Para isto, oito estudantes de graduação de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro, com idades entre 18 e 25 anos e diagnosticados com doenças crônicas não transmissíveis, foram convidados a participar de um Grupo Focal, realizado de modo online. Os alunos que aceitaram integrar o estudo assinaram um termo de consentimento e responderam, de modo individual, a questionários para levantamento de dados sociodemográficos e médico-clínicos. Os encontros, com três e cinco participantes cada, contaram com um roteiro previamente elaborado, composto por questões norteadoras e dinâmicas de grupo que buscaram investigar como os participantes conciliavam as demandas universitárias e os cuidados com a própria saúde. Os resultados foram analisados mediante o Método Fenomenológico Descritivo. Destacaram-se quatro eixos temáticos principais: (1) estratégias de autocuidado: mantendo a doença sob controle, (2) desafios da conciliação entre demandas acadêmicas e necessidades de saúde, (3) importância do suporte social e institucional: entre o percebido e o desejado e, por último, (4) potencial dos espaços de troca e discussão sobre viver com doenças crônicas: apoio e visibilidade. Os grupos proporcionaram aos universitários expressarem suas emoções, pensamentos e opiniões sobre viver com uma doença crônica na universidade, sendo, portanto, apreendidos aspectos relevantes para a compreensão das necessidades e características singulares deste público. Conclui-se que estes conhecimentos são importantes para auxiliar a elaboração de programas e/ou orientações voltados para o bem-estar de universitários que vivenciam diferentes tipos de doenças crônicas.