Moleques pretos: um estudo sobre juventudes pretas na cidade de Queimados
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20182 |
Resumo: | A tese defende que o modelo de formação humana dos jovens pretos entrevistados na pesquisa é perpassado pelo enfrentamento do racismo, seja de forma direta ou indireta, estruturando as relações de raça e gênero no território da pesquisa. De modo que o estudo intenta descobrir como esses sujeitos vivenciam o “devir homem” dentro de um município de Queimados marcado pela violência tendo muito próximos de si a violação de direitos por parte da polícia e o aliciamento pelas facções criminosas dentro de um espaço geográfico onde são constantes os desaparecimentos forçados. Para viabilização da pesquisa busquei dos documentos históricos e na literatura produzida pelos intelectuais negros da década de 80, referencial teórico para compreender a onipresença do racismo na sociedade brasileira e a maneira como esses desdobramentos refletem principalmente nos garotos pretos. De modo que recorro aos Estudos sobre Homens Negros produzidos pelo intelectual Tommy Curry para analisar as relações entre racismo, garotos pretos e gênero. Tendo por norte esse referencial, utilizo na tese a metodologia de história de vida com a utilização de entrevistas semi-estruturadas com quatro rapazes para a partir das narrativas deles, compreender a maneira com que eles vivenciam o processo de “tornar- se homem” dentro de uma estrutura social racista. A partir de meus estudos, concluí que o racismo enfrentado por esses indivíduos molda a forma como eles compreendem o mundo e organizam seus comportamentos, vestimentas e perspectivas de futuro dentro do município em que vivemos. |