Imunofenotipagem comparada dos plasmocitomas extramedulares, histiocitomas e linfomas cutâneos em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Bartolomeu Benedito Neves dos lattes
Orientador(a): França, Ticiana do Nascimento lattes
Banca de defesa: França, Ticiana do Nascimento, Nascimento, Aparecida Alves do, Nogueira, Vivian de Assunção, Driemeier, David
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14169
Resumo: A literatura sobre plasmocitomas extramedulares caninos (PEMCs) é ampla e com informações divergentes. Devido sua grande variação morfológica, essa neoplasia é comumente confundida com outros tumores benignos e malignos na rotina de diagnóstico histopatológico; principalmente com o histiocitoma cutâneo canino (HCC), o sarcoma histiocítico canino (SHC) e o linfoma canino (LC). Com o objetivo de fornecer informações adicionais sobre a imunofenotipagem dos PEMCs, testes de imuno-histoquímica foram realizados em microarranjo de tecidos (TMA) com cores de 2mm, usando os marcadores convencionais CD79a (em duplicata), CD3 (em duplicata), MUM1 (em duplicata), Iba1 e cadeias leves λ e κ de imunoglobulina em amostras de 39 PEMCs, 27 HCCs e 8 LCs. Para fins de comparação e controle, o estudo também incluiu amostras de 2 SHCs, 2 mastocitomas cutâneos (MCC), 2 melanomas orais, 1 mieloma múltiplo e espécimes de linfonodo, baço, medula óssea e pele caninos. Além disso, foi feita uma investigação inédita com o anticorpo monoclonal antireceptor α da interleucina 3 (CD123) aplicado a cães. O CD123 tem sido amplamente estudado na medicina humana como eficiente marcador de algumas neoplasias linfoides, de mastócitos e de células dendríticas plasmocitoides blásticas, mas é praticamente inexplorado na medicina veterinária. Com o objetivo de avaliar a eficiência do microarranjo de tecidos (TMA) para alguns dos marcadores, realizou-se um estudo imuno-histoquímico piloto nas seções histológicas convencionais com MUM1 e CD79a em 27 amostras de PEMCs e 10 de HCCs, com os anticorpos anti-CD3 e CD79a em 8 amostras de LCs (5 cutâneos e 3 nodais) e com o anti-CD123 em amostras de 7 PEMCs e 2 HCCs. As conclusões mais importantes foram: 1) MUM1 é muito sensível (89,7%) para detectar PEMCs e eficiente para diferenciar os PEMCs de neoplasias histiocíticas. 2) Linfomas de células T podem expressar MUM1. 3) O CD123 é expresso por PEMCs, MCCs e SHCs, além de plasmócitos normais, endotélio e possivelmente por células dendríticas plasmocitoides caninas. 4) A expressão do antígeno CD123 em neoplasias malignas como MCC e SHC deve ser melhor investigada. 5) O anticorpo Iba1 teve 100% de sensibilidade para detectar HCCs e SHCs e, é muito específico para essas neoplasias.