Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ana Carolina de Souza
 |
Orientador(a): |
Ceddia, Marcos Bacis |
Banca de defesa: |
Ceddia, Marcos Bacis,
Pereira, Marcos Gervasio,
Vasques, Gustavo de Mattos |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
|
Departamento: |
Instituto de Agronomia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10628
|
Resumo: |
Os movimentos de massa (M.M) no município de Angra dos Reis têm sido tradados como um grave problema para o poder público e autoridades, pois o número de vítimas fatais e os danos e prejuízos socioeconômicos e ambientais são crescentes. No entanto, apesar do avanço no uso de ferramentas de geoprocessamento, ainda não se desenvolveu um sistema de alerta e monitoramento de M.M. Do ponto de vista técnico, isso se deve ao pouco conhecimento quantitativo das variáveis que influenciam os movimentos de massa no município, bem como a pouca disponibilidade de mapas detalhados de atributos do solo que têm efeito direto nos M.M (exemplo: profundidade, retenção de água e fluxo de água dos solos). Neste trabalho apresenta-se a hipótese de que falta ainda um estudo mais aprofundado e quantitativo da relação entre os eventos de M.M. e seus fatores determinantes. Assim, os objetivos desse estudo foram: a) avaliar as mudanças do uso do solo no município entre os anos de 1984 e 2014, por meio da classificação de imagens orbitais; b) aplicar a análise fatorial de correspondência binária (AFCB) nas condicionantes físicas que tem potencial para explicar a ocorrência de M.M.; c) utilizar os resultados da AFCB para gerar mapas de suscetibilidade a M.M. Para o desenvolvimento do estudo utilizou-se os seguintes bancos de dados e mapas, dados de M.M e imagens disponíveis: mapa topográfico cadastral (1:10.000), mapa de solo (1:25.000), mapa de uso do solo (1:25.000 – 2002), 384 eventos de M.M georreferenciados (CPRM), imagens orbitais dos satélites Landsat -5 e Landsat -8 (INPE e USGS, respectivamente) dos anos de 1984 a 2014. O mapa de suscetibilidade a M.M. foi validado a partir da comparação da classificação efetuada com 25% dos eventos selecionados aleatoriamente. Os mapas de classes de uso demonstram que apesar das dramáticas catástrofes associadas aos M.M., a área urbana praticamente dobrou (de 23 km² em 1984 para 47 km² em 2014), com sensível aumento no período de 2010 a 2014. A AFCB destacou que as variáveis mais importantes associadas aos M.M. foram: uso campo antrópico (U3C), uso urbano (U4Z), curvatura do terreno retilínea (C2), classe de declividade forte ondulada a montanhosa (I2) e índice topográfico de umidade variando de 5 a 10 (TWI2). A AFCB permitiu ainda auxiliar na decisão dos pesos e notas de cada variável para gerar o mapa de suscetibilidade a M.M, reduzindo a subjetividade na geração do mapa. As classes de suscetibilidade Alta e Muito Alta ao M.M. representam 61.78% do território e a acurácia atingiu 91.69% (54.17% dos eventos na classe muito alta e 37.52% na alta). No entanto, acredita-se que as áreas classificadas como alta e muito alta possam ser melhor discriminadas com a introdução de mapas de profundidade do solo e de retenção de água. Esse ganho de conhecimento aperfeiçoaria o desenvolvimento de sistemas de alerta a M. M. |