Análise espacial entre unidades de conservação e áreas de captação pública de água em regiões hidrográficas no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Melo, Monise Aguillar Faria de
Orientador(a): Francelino, Márcio Rocha lattes
Banca de defesa: Fernandes Filho, Elpídio Inácio, Prado, Rachel Bardy
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11379
Resumo: A criação de unidades de conservação no país obedece a critérios ainda pouco definidos. Os serviços ambientais, inclusive os hidrológicos, podem ser melhores administrados à sociedade, quando se utiliza a bacia hidrográfica como unidade de planejamento ambiental. Quando a bacia encontra-se protegida por uma unidade de conservação, a gestão dos recursos hídricos poderá acontecer indiretamente pelo funcionamento dos seus ecossistemas. As UCPI, que têm como principal objetivo a preservação da biodiversidade, e isto inclui os recursos hídricos, podem ser um instrumento de política pública para garantia do provimento do recurso água. A criação de UCs em bacias estratégicas, onde estão inseridas captações públicas de água que abastecem a população do estado, fortaleceria a gestão de biodiversidade aliada à gestão dos recursos hídricos. Dessa forma, este estudo tem o objetivo de analisar a relação entre as unidades de conservação públicas e o provimento de serviços ambientais hidrológicos no estado do Rio de Janeiro. Para isso, foi realizada uma análise da distribuição das captações públicas de água do estado em relação as suas bacias hidrográficas, e ainda, em relação às unidades de conservação existentes, além da análise dos fatores ambientais que melhor representam a presença dessas captações nas bacias. Foi encontrado que 25,6% das microbacias do estado contêm pelo menos uma captação pública de água em seus limites, no entanto, somente 45,1% dessas microbacias encontram-se protegidas por unidades de conservação. Já em relação as captações públicas de água propriamente ditas, tem-se somente 32,6% do total inseridas em uma UC. Das 163 captações protegidas, 58,9% estão sobrepostas por unidades de conservação de uso sustentável da categoria APA, o que demonstra a importância da gestão dessa categoria no Estado. Também foi visto que as regiões do norte e nordeste do estado, as regiões do baixo e médio vale do rio Paraíba do Sul, a região rio Dois Rios e a de Itabapoana, são as mais carentes em relação a proteção das captações públicas de água que abrangem. Quanto aos fatores ambientais, tem-se que as captações públicas de água estão, em maioria, inseridas em ambientes com cobertura florestal do tipo capoeira ou de regeneração inicial, com relevo ondulado, altitude montana e orientação N-NE.