Agronegócio e redes territoriais urbano-rurais: Plantio comercial de eucalipto por produtores neorrurais em Valença-RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Thiago Lucas da lattes
Orientador(a): Costa Neto, Canrobert Penn Lopes lattes
Banca de defesa: Schimitt, Claudia, Alentejano, Paulo Roberto Raposo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11563
Resumo: Nos últimos anos, o estado do Rio de Janeiro tem sido palco da tentativa de expansão do plantio comercial de eucalipto, incentivado em grande parte pelas empresas do setor de papel e celulose, siderúrgicas e outras demandantes de madeira. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi discutir a expansão do cultivo de eucalipto para fins comerciais no município de Valença, situado na Região do Médio Paraíba. Esta região é considerada uma das mais dinâmicas do estado, pois possui um importante polo metal-mecânico, uma ótima logística de transportes e está entre as metrópoles (São Paulo e Rio de Janeiro) mais importantes do país (FUSCO, 2003; MARAFON, 2005). Esta região, apesar de ter um forte caráter urbano-industrial, possui ainda uma pecuária bastante significativa numa escala estadual, especialmente no que se refere à pecuária leiteira, que tem no município de Valença, nosso recorte espacial empírico, o seu maior produtor (MADANÊLO, 2008). Porém, na contramão das tendências de expansão da monocultura do eucalipto em outros estados, notadamente os que fazem divisa com o Rio de Janeiro (Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais) temos observado em Valença/RJ um crescimento do plantio de eucalipto não associado aos grandes empreendimentos urbano-industriais; ou seja: as grandes empresas do setor celulósico-papeleiro ou siderúrgicas. Com isso, produtores neorrurais capitalizados têm sido importantes atores sociais no desenvolvimento dessa forma/conteúdo de expansão do plantio de eucalipto, se valendo da demanda de madeira por parte das industriais da região, de atividades ligadas ao espaço urbano, mas também do próprio agronegócio local. Tal fenômeno social em curso e por nós pesquisado nos parece bastante singular até o presente momento, principalmente no que se refere à realização de pesquisas anteriores, no âmbito das Ciências Sociais. Por isso, lançamos mão de uma gama de referenciais teóricos, articulando e utilizando território, rede, relação urbano-rural e agronegócio como conceitos norteadores da nossa interpretação.