Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Mateus, Felipe Araujo
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Orientador(a): |
Valcarcel, Ricardo
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Banca de defesa: |
Sansevero, Jerônimo B. B.,
Cicco, Valdir de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11321
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Resumo: |
O empobrecimento dos solos no passado constitui fator limitante no presente para cultivos agrícolas, reduzindo pressão de uso e facilitando atuação de espécies facilitadoras na restauração passiva dos ecossistemas, como a Clidemia urceolata DC. Nestes ambientes, a serrapilheira acumulada pode controlar os fluxos da água, ciclagem de nutrientes e constituir diferencial ambiental capaz de permitir a sua restauração passiva. O presente estudo objetiva levantar e quantificar os serviços ecossistêmicos prestado pela serrapilheira na restauração de pastagens perturbadas cuja espécie facilitadora Clidemia urceolata DC consegue colonizar e se estabelecer. O estudo foi dividido em três capítulos, onde foram avaliados a degradação socioambiental das pastagens e o inicio dos processos de colonização com a espécie C. urceolata DC (Capítulo I); A dinâmica da serrapilheira de ambientes em diferentes níveis de restauração florestal de pastagens abandonadas (Capítulo II); Levantar e caracterizar os balanços hídrico e químico destes ecossistemas em diferentes níveis de restauração florestal (Capítulo III). As propriedades tiveram sua produção agrícola e nível de deterioro ambiental identificadas, agrupados segundo técnicas de sensoriamento remoto. Foram medidos precipitação total, interna, interceptação vertical, balanço hídrico, de massa e capacidade de retenção hídrica da serrapilheira nos seguintes estágios de restauração: S1 pastagem abandonada (1 ano); S2 núcleo de C. urceolata no estádio inicial de colonização (6 anos); S3 núcleo de C. urceolata no estádio intermediário de colonização (12 anos); S4 núcleo de C. urceolata no estádio avançado de colonização (17 anos); S5 fragmento de floresta secundaria (32 anos). Há na região a permanência de s 73,4% da área com pastos, mesmo após haver transcorrido 154 anos de abandono das atividades cafeeiras. Os processos de restauração passiva ocorreram em 21,6% da superfície. O sítio 5 obteve os valores mais expressivos de deposição de serrapilheira e estoque de serrapilheira acumulada, sendo superado em relação a capacidade de retenção hídrica da serrapilheira acumulada pelo sítio 4 e o sítio 3 com valores superiores a 265%. A precipitação interna e interceptação vertical dos sítios 2, 3 e 5 não tiveram diferença estatisticamente significativa em 12 meses do ano. Em relação a interceptação pela serrapilhera acumulada os sítios (2, 3 e 4) apresentaram diferença significativa em relação ao sítio 5 (fragmento florestal). A concentração de todos os nutrientes apresentou um enriquecimento significativo após passagem pelo dossel e pela serrapilheira acumulada dos tratamentos. Concluímos que o modelo de nucleação a partir da C. urceolata tem maior probabilidade de sucesso em propriedades decadentes ou abandonadas, com área inferior a 300 hectares. A entrada da espécie C. urceolata no ecossistema modificou a composição de espécies e reduziu as influencias negativas das pastagens, aumentando a serrapilheira acumulada, modificando a capacidade de retenção hídrica, os fluxos da água e a ciclagem de nutrientes, condições essenciais para propiciar a melhoria das condições ambientais da restauração florestal passiva. |