Endófitos fúngicos radiculares associados à cana-de-açúcar no estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fors, Rosalba Ortega lattes
Orientador(a): Berbara, Ricardo Luis Louro lattes
Banca de defesa: Saggin Júnior, Orivaldo José, Patreze, Camila Maistro, Coelho, Irene da Silva, Zilli, Jerri Édson, Carbone, Marco Aurélio Carneiro
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9098
Resumo: O impacto ambiental derivado do uso excessivo de insumos químicos na agricultura convencional alerta para a necessidade de alternativas sustentáveis, com destaque para o aproveitamento biotecnológico da interação planta-microrganismo. Compreender a estrutura comunitária da microbiota endofítica, assim como os fatores moduladores da sua composição em agroecossistemas representa o passo inicial para a seleção e desenvolvimento de inoculantes. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar a composição de espécies das comunidades de fungos endofíticos septados escuros (Dark Septate Endophytes – DSE), fungos endofíticos radiculares no geral (FER) e fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) associados à cana-de-açúcar no estado de São Paulo, Brasil, verificando possíveis relações entre a ocorrência das espécies e as características químicas do solo. Adicionalmente, o trabalho visou explorar o potencial de alguns isolados de DSE na promoção de crescimento vegetal. A simbiose com DSE foi observada nas variedades de cana RB867515, RB966928 e RB92579 e em uma variedade ainda não comercializada de cana-energia. A partir destas variedades, 16 fungos DSE foram isolados e identificados morfológica e molecularmente como pertencentes às ordens Helotiales, Pleosporales e Xylariales. Alguns destes fungos, com ênfase nos isolados de Periconia macrospinosa (Pleosporales), estimularam a absorção de P em plantas de cana e arroz, e solubilizaram óxido de zinco in vitro. A comunidade de FER associada à variedade de cana RB966928 em 24 plantações de São Paulo distribuídas na maioria das mesorregiões produtoras de cana-de-açúcar no estado foi dominada por espécies dos gêneros Fusarium e Trichoderma, assim como pela espécie de DSE P. macrospinosa. Já a comunidade de FMAs associada a esta variedade foi dominada pelas espécies Acaulospora mellea, A. scrobiculata, Glomus macrocarpum, G. microaggregatum, Racocetra persica e Sieverdingia tortuosa. Conclui-se que as simbioses com DSE e FMAs ocorrem e coexistem naturalmente nas raízes da cana-de-açúcar, independentemente da variedade. A análise de redundância (RDA) mostrou que a ocorrência de espécies de FMAs foi modulada pelas características químicas do solo, não sendo este o padrão verificado para a comunidade de FER.