Cultivo de microalgas em água residuária da bovinocultura: avaliação da aplicação de ozônio e CO2 na produção de biomassa e lipídeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lomeu, Alice Azevedo lattes
Orientador(a): Mendonça, Henrique Vieira de lattes
Banca de defesa: Mendonça, Henrique Vieira de lattes, Salvador, Conan Ayade lattes, Assemany, Paula Peixoto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13316
Resumo: O aumento da demanda por energia acarreta em um aumento do consumo de combustíveis fósseis. Contudo, as jazidas de petróleo do planeta em breve atingirão patamares insustentáveis, abrindo a porta para obtenção de biocombustíveis, como os produzidos a partir de microalgas. Neste estudo, água residuária da bovinocultura (ARB) foi utilizada para o cultivo de um mix de microalgas em fotobiorreatores de coluna. Foram realizadas sete rodadas de experimentos com a adição de CO2 (ControleCO2), aplicação de ozônio por 10, 20 e 30 minutos (O3T10, O3T20 e O3T30) e uma combinação dos dois tratamentos anteriores (O3T10CO2 e O3T20CO2). A massa seca produzida variou de 1,40 a 18,63 g L-1 e biofixação de CO2 de 30,47 a 4.828,68 mg L-1 d - 1 . Alto percentual de lipídios foi registrado, atingindo 48% em O3T30 e O3T20, indicando que houve stress nas microalgas expostas a água residuária ozonizada, culminando na acumulação de lipídios. Carboidratos variaram de 21,67 a 30%. O ácido graxo C16:0 foi o detectado em maiores concentrações em todos os experimentos. O3T30, O3T10CO2 e O3T20CO2 registraram valores menores que 12% para C18:3, enquadrando-se nos requisitos da EN 14214. Remoções de até 100% foram registradas para N-NH3, 99,62% para P, 91,74% para DQO e 98,6% para fenóis. O CO2 foi o fator decisivo na produtividade de biomassa, contudo a aplicação de ozônio foi o fator que influenciou no conteúdo lipídios. Os resultados mostraram que a ARB é uma alternativa promissora para o cultivo de microalgas e a produção de biocombustíveis em quantidade e qualidade expressivamente relevantes frente ao cenário atual de cultivo de microalgas em águas residuárias.