Efeito residual de herbicidas aplicados em pré- emergência na cultura da soja sobre o milho e o algodão cultivados em sucessão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Samia Rayara de Sousa lattes
Orientador(a): Pinho, Camila Ferreira de lattes
Banca de defesa: Pinho, Camila Ferreira de, Oliveira, Claúdia de, Huther, Cistina Moll, Borella, Junior
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13287
Resumo: A importância da soja (Glycine max (L.) Merrill) para o país é inegável, sendo a cultura de maior área cultivada no Brasil e grande fonte de divisas por meio da exportação de grãos e derivados. No Brasil, a sucessão de culturas é muito utilizada aproveitando as condições tropicais do país, que permite sucessivas safras com altos rendimentos de produtividade. Duas culturas se destacam no cenário nacional como opções de cultivo em sucessão à soja: o milho e o algodão. A busca por economia e produtividade contrapõe-se à interferência das plantas daninhas, em que o controle tende a aumentar os custos de produção, reduzindo as margens de lucro e diminuindo a qualidade do produto. Neste contexto, os herbicidas surgiram como uma ferramenta para o controle de plantas daninhas e dentre os tipos de herbicidas utilizados, os pré- emergentes reúnem características importante, entre elas o longo período residual. Entretanto, quando a bioatividade do herbicida excede o ciclo da cultura alvo, persistindo no solo pela safra da cultura seguinte, ocorre o fenômeno denominado de carryover. Dada a importância da sucessão/rotação de culturas para a economia do país e a necessidade de uso racional de herbicidas, faz-se necessária a realização de estudos para compreender o comportamento de herbicidas no solo e nas plantas para evitar o potencial risco de fitotoxicidade ocasionado pelo carryover. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade residual dos herbicidas chlorimuron- ethyl, diclosulam, flumioxazin, imazapir+imazapic e metribuzim aplicados em pré-emergência na cultura da soja sobre o milho e algodão cultivados em sucessão, identificando dentre estes herbicidas, o risco potencial em ocasionar carryover. Três experimentos simultâneos foram conduzidos em áreas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Seropédica/RJ, durante o período de setembro de 2016 a março de 2017, em esquema de sucessão de culturas, com delineamento experimental de casualização por bloco, com quatro repetições, em esquema fatorial 5x4+1 cada um, onde o fator A foi composto pelos herbicidas chlorimuron-ethyl, diclosulam, imazapir+imazapic, flumioxazin e metribuzim, e o fator B, as quatro doses dos herbicidas (½D, D, D+½ e 2D) - em gramas de ingrediente ativo por hectare (g ia ha-1), e mais o tratamento controle, para cada ensaio: milho, algodão e melancia. As variáveis analisadas foram fluorescência da clorofila a; altura de plantas, comprimento de raiz, volume de raiz, massa seca da parte aérea, massa seca da raiz e atividade de enzimas antioxidantes. Os dados gerados no experimento foram submetidos à análise da variância (p≤0,05) e submetidos ao teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Para as culturas de milho e algodão, não foi verificado o efeito carryover quando cultivadas 120 dias após a aplicação em pré-emergência dos herbicidas chlorimuron-ethyl, diclosulam, imazapir+imazapic, flumioxazin e metribuzim. A cultura da melancia, utilizada como bioindicadora, mostrou-se sensível aos herbicidas, demonstrando a persistência destes no solo, entretanto, esta persistência não foi capaz de causar fitotoxicidade nas culturas de milho e algodão cultivadas em sucessão à soja dentro do intervalo testado neste trabalho.