Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Marta Rodrigues
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Orientador(a): |
Lorenzon, Maria Cristina Affonso
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Instituto de Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14922
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Resumo: |
A cria ensacada brasileira (CEB) é uma doença descrita no Brasil que acomete as larvas de abelhas melíferas quando são alimentadas com o pólen de algumas árvores tais como Stryphnodendron (Mimosoidea), conhecidas popularmente por barbatimão . Estas plantas contêm substâncias tóxicas, como os taninos, que provocam uma alta mortalidade nas larvas pré-pupas. A crescente perda de colméias em diferentes épocas e regiões do estado do Rio de Janeiro associada à dificuldade de encontrar as árvores incriminadas como tóxicas nas proximidades de apiários afetados pela CEB, permite sugerir a hipótese de que a doença não é causada pelo pólen do barbatimão neste estado. Levanta-se ainda a hipótese de que as doenças de abelhas representam uma causa significativa para as perdas de colméias observadas no estado do Rio de Janeiro. Para testar estas hipóteses, objetivou-se fazer um levantamento da ocorrência de perdas de colméias, analisar a sobreposição da CEB com a distribuição geográfica de S. pollyphyllum e S. adstringens, verificar o consumo do pólen destas plantas pelas Apis em condições naturais e iniciar investigações microbiológicas e toxicológicas. Na fase preliminar, pesquisou-se a extensão, distribuição e causas de perdas de colméias e a sua relação com as doenças de abelhas. Para isto, foram levantados dados de perdas relativos ao censo apícola elaborado no estado do Rio em 2006. Realizou-se também um estudo comparativo entre o zoneamento da CEB e o de Stryphnodendron no estado do Rio de Janeiro. Posteriormente, buscaram-se os tipos polínicos, especialmente de barbatimão , presentes em amostras de colméias localizadas em regiões de ocorrência da CEB. Finalmente, isolaram-se e identificaram-se bactérias e fungos presentes em amostras de pólen apícola, pão de abelhas e larvas mortas de colméias com CEB, e investigou-se a presença de micotoxinas. Resultados do censo do estado mostraram que as doenças de abelhas constituíram a principal causa de perdas de colméias. Não houve sobreposição entre a ocorrência da cria ensacada brasileira e a de Stryphnodendron no estado do Rio de Janeiro e também não foi observado pólen de Stryphnodendron em qualquer amostra analisada, indicando que: a doença que ocorre no estado do Rio de Janeiro com sintomas semelhantes a CEB não é causada pelo pólen de barbatimão . Prevaleceu durante a CEB pólen de Anadenanthera. Bacillus foi a bactéria mais freqüente, identificando-se: B. thuringiensis, B. alvei, B. apiarius, B. megaterium e B. polymyxa. A micobiota foi composta principalmente por Penicillium e Aspergillus, este com duas espécies potencialmente patogênicas e toxígenas: A. niger e A. parasiticus. Aflatoxinas B1 e G1 estiveram presentes em amostras de pólen apícola e pão de abelhas de um apiário pesquisado. Faz-se necessário realizar outros estudos para afirmar a etiologia da CEB no estado do Rio de Janeiro. |