Caracterização mineralógica, identificação das substâncias húmicas e quantificação do alumínio em solos da Formação Solimões - Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bernini, Thiago Andrade lattes
Orientador(a): Pereira, Marcos Gervasio lattes
Banca de defesa: Pérez, Daniel Vidal, Valladares, Gustavo Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10692
Resumo: No Estado do Acre ocorrem várias formações geológicas, sendo a Formação Solimões a mais significativa em termos de superfície ocupada, estendendo-se por mais de 80% do Estado. Os solos do Acre, do ponto de vista geológico, são jovens e foram formados a partir de sedimentos provenientes das regiões andina e subandina, transportados pelos rios e depositados na planície aluvial, apresentando assim camadas superpostas de composições mineralógicas diferentes. Por sua natureza sedimentar recente, os solos destas várzeas guardam estreita relação com o material de origem. Os objetivos específicos deste estudo foram: a) realizar o fracionamento químico e a caracterização espectroscópica da matéria orgânica dos horizontes superficiais dos perfis de solos em três topossequências (T), b) quantificar o alumínio presente no solo, c) identificar os principais constituintes mineralógicos da fração argila dos solos, e d) gerar informações para a estruturação dos atributos alítico e alumínico no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. As áreas de estudo localizaram-se nos municípios de Sena Madureira (T1) e Manoel Urbano (T2), na regional do Purus, e no município de Feijó (T3), na regional do Tarauacá e Envira, no Estado do Acre. Em cada uma das áreas foram abertas trincheiras em três pontos distintos da toposseqüência (terço superior P1, terço médio P2 e terço inferior de encosta P3). Os solos foram classificados com base no Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos através de suas propriedades morfológicas e dados analíticos. Todos os solos apresentaram evidencias claras de restrição de drenagem durante sua formação. Os solos apresentaram propriedades químicas, decorrentes da presença de argilas de alta atividade e elevados teores de Al. A diferença encontrada para os teores de carbono orgânico total (COT) entre os horizontes superficiais e subsuperficiais indicam rápida mineralização da matéria orgânica do solo. A fração humina apresentou o mesmo comportamento que o COT, sendo a fração dominante nos horizontes superficiais avaliados. Os valores obtidos da relação E4/E6 foram menores que 5, sugerindo o elevado grau de condensação aromática e maior massa molecular das substâncias húmicas que fazem parte do extrato alcalino (EA). A mineralogia do solo indicou que os mesmos ainda estão em uma fase de baixo intemperismo, com quantidades expressivas de minerais do tipo 2:1 na fração argila, além de minerais primários na fração areia. A determinação do alumínio por NaOH, alaranjado de xilenol e ICP-OES apresentaram resultados semelhantes, mas superestimaram os teores de Al3+ extraível. Os solos da topossequência T1 apresentaram menor grau de desenvolvimento genético em relação a T2 e T3. De maneira geral, verificou-se que os solos apresentam um baixo grau de pedogênese, sendo que nas condições climáticas atuais observou-se um processo ativo de destruição das argilas silicatas 2:1, conduzindo a liberação de Al e a formação de minerais como caulinita e óxidos, mais estáveis no ambiente da Amazônia. Foram identificadas no SiBCS as seguintes ordens de solo, Argissolos, Cambissolos, Plintossolos, Gleissolos e Vertissolos.