Análise da microbiota cultivável de uma colônia de pulgas Ctenocephalides felis (Siphonaptera, Pulicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Franco, Tatiana Werneck lattes
Orientador(a): McIntosh, Douglas lattes
Banca de defesa: McIntosh, Douglas lattes, Coelho, Irene da Silva lattes, Ogrzewalska, Maria Halina lattes, Schwab, Stefan lattes, Azevedo, Thaís Ribeiro Correia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PCR
Palavras-chave em Inglês:
PCR
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11809
Resumo: A pulga Ctenocephalides felis é ectoparasita de cães e gatos em todo o mundo, atuando como vetor de patógenos zoonóticos, incluindo Rickettsia felis e Bartonella sp. A diversidade de micróbios associados ao hospedeiro e suas interações dentro de seus hospedeiros, incluindo artrópodes, são fundamentais para as funções ecológicas nessas comunidades e podem contribuir para sua evolução. Além disso, as interações simbióticas podem influenciar as transmissões de patógenos zoonóticos, através de efeitos sobre a competência vetorial. O conhecimento da microbiota de vetores tem sido utilizado para desenvolver novas abordagens de controle com base no conceito de manipulação da microbiota. Um componente chave nesta estratégia é a presença de uma microbiota estável/ “core”. O presente estudo caracterizou a estabilidade, durante oito anos, da microbiota cultivável de uma colônia de laboratório de C. felis. As bactérias associadas aos diferentes estágios da vida foram isoladas por cultura em placas de ágar nutriente. As bactérias foram identificadas, em nível de gênero ou espécie, por amplificação por reação em cadeia da polimerase (PCR) de um fragmento de 500 pares de bases (pb) do gene que codifica o RNA ribossômico 16S procariótico, seguido de sequenciamento de nucleotídeos. As culturas foram caracterizadas quanto à suscetibilidade a sete compostos antimicrobianos (ampicilina, cloranfenicol, cloreto de mercúrio, nitrofurantoína, tetraciclina, rifampicina e estreptomicina), utilizando um método de microdiluição. Cada uma das diferentes etapas da vida apresentou uma microbiota única, no entanto, um componente central de todas as amostras era membro do gênero Staphylococcus, com alguns demonstrando fenótipos resistentes a múltiplos antimicrobianos. As espécies mais prevalentes foram S. saprophyticus, S. nepalensis, S. lentus e S. cohnii, as quais foram relatadas previamente como patógenos oportunistas com potencial zoonótico. A presença constante da mesma espécie de Staphylococcus, em múltiplos estágios da vida, sugere que estas bactérias são componentes essenciais da microbiota. Pesquisas futuras examinaram os efeitos da manipulação do microbioma “core” como o primeiro passo no desenvolvimento de novas estratégias para o controle de infestações, como por exemplo realizando a indução de bacteriófagos específicos de bactérias presentes no microbioma.