Microencapsulação de Bifidobacterium spp. pela técnica da emulsão em alginato de sódio: efeito de diferentes concentrações de mel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Favarin, Luciana lattes
Orientador(a): Luchese, Rosa Helena
Banca de defesa: Luchese, Rosa Helena, Martins, José Francisco Pereira, Silva, Janine Passos Lima da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11109
Resumo: Probióticos são microrganismos vivos, que quando consumidos em quantidades adequadas promovem benefícios à saúde do trato gastrointestinal de humanos e animais. Vários microrganismos são reconhecidos como probióticos, entre eles bactérias ácido-lácticas e leveduras, sendo os gêneros Bifidobactérium spp e Lactobacillus spp os mais estudados e empregados por possuírem propriedades nutritivas e terapêuticas, podendo ser incorporados a leites fermentados e combinados ou não com prebióticos, como oligossacarídeos e FOS. Um fator importante para o uso destes probióticos é a perda da viabilidade e a atividade dos mesmos no local de ação, devido a alguns fatores como as barreiras naturais do trato gastrointestinal, a sobrevivência à acidez da bile, baixo pH, a alta temperatura do processamento do leite, intolerância ao O2 e ao peróxido de H+, que reduzem o número de células viáveis e o número recomendável para que o produto possa exercer os benefícios esperados. Estudos têm sido feitos para que o uso de metodologias como a microencapsulação destes probióticos, utilizando um transportador para melhorar a sobrevivência destes microrganismos tanto em produtos, quanto em cápsulas ou em pó, aumentando a proteção destes microrganismos das condições adversas durante o processamento e na transição pelo TGI. As técnicas mais utilizadas para promover o processo de microencapsulação são extrusão, emulsão e spray drying. Este trabalho teve como objetivo geral promover o aumento da viabilidade de células probióticas de Bifidobacterium J7 e Bifidobacterium Bb-12 através da encapsulação em alginato de sódio 3%, com e sem adição de diferentes concentrações de mel, utilizando a técnica de emulsão para a formação das microcápsulas. Neste estudo podemos observar que houve um aumento da viabilidade das células das duas cepas estudadas, tanto na encapsulação apenas com alginato quanto com a adição do mel como prebiótico, obtendo-se células viáveis entre 106 e 107 ufc/mL. Em contra partida, em células livres sem adição de mel, a viabilidade foi menor em comparação as células encapsuladas, mostrando uma menor resistência das cepas de Bifdobacterium J7 em comparação as cepas de Bifidobacterium Bb-12. Mas ao adicionar mel na emulsão, podemos notar um efeito protetivo do mesmo, tanto nas células livres quanto nas células encapsuladas, mantendo-se estável a concentração de células viáveis do início ao final do processo de simulação do TGI nas duas cepas estudadas. A análise morfológica das micropartículas liofilizadas mostrou uma superfície enrugada e irregular em todos os tratamentos estudados, devido às células encapsuladas dentro das partículas e à perda de teor de água durante o processo de liofilização. Assim como não houve diferenças em relação às microcápsulas com ou sem adição de diferentes concentrações de mel no seu revestimento.