Avaliação da perfusão vascular e da concentração de colesterol e estrógeno nos folículos pré-ovulatórios de éguas Mangalarga Marchador submetidas às condições de desconforto térmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mello, Daniela de lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de lattes
Banca de defesa: Mello, Marco Roberto Bourg de, Jacob, Júlio Cezar Ferraz, Jesus, Vera Lúcia Teixeira de, Brandão, Felipe Zandonadi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14274
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o padrão de perfusão sanguínea de folículos dominantes submetidos à indução da ovulação com hCG por meio da ultrassonografia Collor Doppler e os níveis de colesterol e estrógeno em folículos pré-ovulatórios de éguas submetidas ou não ao desconforto térmico. Para tanto, 15 ciclos estrais de éguas distribuídas aleatoriamente entre os grupos conforto (Grupo I) e desconforto térmico (Grupo II) foram acompanhados por ultrassonografia transretal periodicamente até que o maior folículo atingisse diâmetro maior ou igual a 32 mm, momento no qual as éguas receberam 1000 UI de Chorulon® (hCG), e tiveram o folículo pré-ovulatório acompanhado por ultrassonografia Doppler de 6 em 6 horas, até 24 horas, momento em que foram realizadas as aspirações do fluido folicular para dosagem de colesterol e de estrógeno. A perfusão vascular folicular foi estimada de maneira subjetiva levando-se em consideração o percentual da circunferência da parede folicular com sinais Doppler coloridos. O fluido folicular aspirado foi recuperado em frascos tipo Erlenmeyer, posteriormente colocado em tubo Falcon de 50 ml e centrifugado a 1000 G por 15 minutos, sendo o sobrenadante recuperado e armazenado em criotubos a -20 ºC até que a dosagem de estrógeno e de colesterol fosse realizada. Para caracterizar o ambiente térmico foi usado o teste do índice de temperatura e umidade (ITU) segundo Hansen (2005), e para caracterizar a adaptação dos animais ao ambiente térmico foi utilizado o coeficiente de tolerância ao calor (CTC) e o coeficiente de adaptabilidade (CA), segundo Martins Jr. (2004). O ITU médio encontrado para o período analisado (março e abril de 2014) foi de 58,33, o que não caracteriza ambiente estressante para os animais. Após análise dos dados bioclimáticos, foram encontrados valores médios de CTC do Grupo I, 95,47 e do Grupo II, 87,14, sendo diferentes entre si (p<0,05), apontando uma tolerância maior do Grupo I quando comparado ao Grupo II. A média de CA encontrada para o Grupo I foi de 3,84 e para o Grupo II de 4,29, valores que diferiram entre si, estatisticamente (p<0,05), mostrando uma maior adaptabilidade do Grupo I em relação ao Grupo II. Os valores médios de perfusão vascular dos folículos pré-ovulatórios foram: Grupo I: H0=32,5%; H6=43,75%; H12=41,85%; H18=33,75%; H24=42,5%; Grupo II: H0=24,85%; H6=41,42%; H12=48,57%; H18=38,57%; H24=47,14%. Não foram encontradas diferenças (p>0,05) entre os grupos quanto ao percentual de perfusão vascular folicular. Os valores médios de colesterol e de estrógeno para os Grupos I e II foram, respectivamente, 51,62mg/ml e 46,14mg/ml e 325.739,64pg/dL e 316.381,05pg/dL. Não observando diferença (p>0,05) entre os grupos. Estes resultados demonstram que ambientes que privam os animais de sombra são passíveis de gerar desconforto térmico, ainda que os índices não apontem ambiente estressante para o animal. No entanto, esse desconforto não foi o suficiente para prejudicar, a esteroidogênese ou percentual de vascularização folicular em 24 horas