Arte, vida e conhecimento: diário a uma jovem leitora
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13221 |
Resumo: | Diário a uma jovem leitora tem por objetivo refletir acerca da função da literatura enquanto meio de humanização e socialização de um leitor ouvinte. Este será introduzido no universo literário pela mãe, a ledora, desde o ventre até os seus vinte e quatro meses. Inspirada no pensamento do sociólogo, crítico literário, brasileiro, Antônio Cândido, toma-se para iniciar a pesquisa a seguinte afirmação: “A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e aberto para a natureza, a sociedade, o semelhante. ” (CÂNDIDO, 1989). Considera-se, portanto, como pressuposto neste trabalho, que a literatura pode ser o caminho a ser seguido para contribuir com o crescimento dessa criança. Sendo assim, para promover a discussão sobre o desenvolvimento cognitivo e emocional através dos livros, a Lei nº 13.257/2016, dará para esta pesquisa o amparo legal pois, versa sobre políticas protetivas para crianças e em especial sobre aquelas que tratam da primeira infância. Utilizou-se quarenta livros de história infantil, textos esses narrados ao sujeito de pesquisa, de forma verbal e não verbal. Todo o processo de inserção da criança na literatura se deu por mediação de um adulto, a mãe. Muitos destes livros são clássicos universais e boa parte deles é atual, pois clássicos não são obras velhas, mas eternas, ou melhor, “estão sempre na moda”. Verifica-se nesta pesquisa que as imagens muitas vezes falam mais do que as próprias palavras, e a linguagem utilizada nos textos literários, neste caso, nos textos infantis, permite que as palavras se apropriem de novos significados, de outros sentidos que vão muito além da história contada. Para este trabalho, a literatura é considerada um bem incompreensível (LEBRET,1972). As experiências vividas fizeram morada nesse texto. A formação, mãe e filha, se deu na mutualidade de existência, na incerteza de um mundo que muda a todo instante, imprevisível, novo, ambíguo. “Os primeiros livros sem páginas se escrevem na pele (...) (REYES, 2010). Essa pesquisa encontrou resultados significativos acerca da formação social de um bebê: observou-se o interesse do sujeito em questão, seu desenvolvimento e interação através da escuta e da visualidade; sua percepção aflorou a cada história e, mesmo antes de nascer, constatou-se que já demostrava receptividade a cada história ouvida, a cada narração apresentada, e, além disso, o comportamento físico e sentimental da criança durante as histórias. E, após, também na participação durante a escolha de algumas obras. Toda essa experiência vivenciada com o bebê, no decorrer da pesquisa, corrobora, portanto, com o pensamento inicial, de Antônio Cândido, que ensina “(...) A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade (...)’. |