Propriedades físico-mecânicas das espécies de bambu Phyllostachys aurea e Bambusa tuldoides termorretificadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Mayra Ferreira Alves de lattes
Orientador(a): Nascimento, Alexandre Miguel do lattes
Banca de defesa: Lelis, Roberto Carlos Costa, Paes, Juarez Benigno
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11343
Resumo: Apesar das vantagens do bambu em termos de versatilidade e disponibilidade, o mesmo é um material higroscópico, apresentando problemas de instabilidade dimensional, além de apresentar baixa durabilidade frente ao ataque de fungos e insetos. Tratamentos termorretificadores podem ser aplicados ao bambu visando melhorar sua instabilidade dimensional, entretanto, o tratamento também pode afetar a resistência mecânica e o aspecto estético do material. Neste contexto, o objetivo principal do trabalho foi avaliar algumas propriedades físicas e mecânicas de duas espécies de bambu, antes e após a termorretificação, a e alteração da cor original após a termorretificação. Foram utilizados colmos maduros de duas espécies: Phyllostachys aurea e Bambusa tuldoides. A termorretificação foi realizada em um forno mufla elétrico laboratorial sob três temperaturas: 160, 180 e 200ºC durante 15, 30 e 45 minutos. As análises colorimétricas foram realizadas com o auxílio de um espectrofotômetro de acordo com a Comission International de L’Eclairage - CIE no espaço CIE-L*a*b*. As densidades básicas das espécies Phyllostachys aurea e Bambusa tuldoides foram de 0,53 g.cm-³ e 0,70 g.cm-³, respectivamente. Na espécie Phyllostachys aurea, a contração volumétrica foi maior para a temperatura de 200ºC, mas para Bambusa tuldoides foi menor para a mesma temperatura. A taxa de absorção de água para as amostras termorretificadas foi de aproximadamente 50% menor para a espécie Phyllostachys aurea e de 60% para Bambusa tuldoides, quando comparada à testemunha. A temperatura de termorretificação causou uma redução no teor de umidade de equilíbrio para ambas as espécies. A termorretificação não afetou a resistência à compressão. Para a espécie Bambusa tuldoides, a resistência ao cisalhamento foi 47% menor para o maior tempo de tratamento (45 minutos) e 59% menor para a temperatura mais severa (200°C) em relação à testemunha. Para a espécie Phyllostachys aurea, a temperatura de 200ºC causou uma redução de 31,5% na resistência ao cisalhamento em relação à testemunha. O módulo de elasticidade à flexão apresentou um ligeiro aumento com o aumento da temperatura. A variação do módulo de elasticidade à flexão para a espécie Phyllostachys aurea foi maior na temperatura de 180°C (36,29%), enquanto para a espécie Bambusa tuldoides, esta variável foi afetada tanto pelo tempo quanto pela temperatura de termorretificação. A temperatura e o tempo de termorretificação afetaram a cor de ambas as espécies.