Entre a estrutura e a ação: as interações entre produtores e circuitos mercantis no assentamento Francisco Julião

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferreira, Pedro Campeão lattes
Orientador(a): Schmitt, Claudia Job lattes
Banca de defesa: Schmitt, Claudia Job lattes, Niederle, Paulo André lattes, Leite, Sergio Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18188
Resumo: A pesquisa buscou analisar as interações estabelecidas por agricultores assentados da reforma agrária com diferentes circuitos mercantis, a partir de um estudo de caso do assentamento Francisco Julião, situado no município de Cardoso Moreira, no Norte Fluminense. O trabalho procurou compreender o caminho percorrido pelas famílias assentadas na construção de relações com diferentes mercados, em um contexto marcado por uma série de pressões estruturais e limitações de recursos. Foram consideradas como dimensões relevantes de análise as trajetórias sociais dos assentados, suas estratégias de reprodução familiar e as redes sociais ativadas no processo de implantação do assentamento. Como suporte teórico utilizou-se aportes da Perspectiva Orientada aos Atores, da Nova Sociologia Econômica e da literatura sobre mercados e produção familiar, procurando compreender o modo como, sob circunstâncias estruturais bastante semelhantes, as famílias assentadas acabam trilhando trajetórias distintas na construção de seus arranjos de mercados, ativando diferentes redes sociais e construindo combinações de estratégias que não podem ser compreendidas segundo uma lógica segmentária, restrita a uma dicotomia entre circuitos curtos e longos de comercialização. Constatou-se, ainda, que os arranjos de mercado construídos no âmbito do assentamento são complexos e mobilizam uma diversidade de relações sociais e políticas dos assentados entre si e com seu entorno, sendo que as fronteiras que separam “produtores”, “comerciantes” e “intermediários”, tornam-se, por vezes, difusas.