Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fagundes, Érica Cabral
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Orientador(a): |
Castro, Rosane Nora
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Banca de defesa: |
Castro, Rosane Nora
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Saldanha, Tatiana
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Lianda, Regina Lucia Pelachim
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
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Departamento: |
Instituto de Química
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14659
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Resumo: |
O café é a bebida mais consumida no mundo e a segunda mercadoria mais comercializada, gerando inúmeros resíduos provenientes do seu beneficiamento e consumo. A borra de café é o resíduo mais expressivo dessa produção, sendo muito apreciada devido a suas inúmeras aplicações na indústria e pesquisa, sendo o óleo obtido por extração com solventes orgânicos o seu componente mais valioso. Neste trabalho foram realizados estudos com borra de café obtido de duas espécies diferentes (Coffea arabica e Coffea canephora) provenientes dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A borra de café foi lavada e seca em estufa. O óleo foi extraído da borra de café seca através do extrator Soxhlet utilizando os solventes etanol e n- hexano e a água obtida da lavagem da borra de café foi liofilizada. Os rendimentos obtidos da extração do óleo foram de 63,83g para a amostra de café arábica Aviação extraída com etanol a 5,75g para a amostra Conilon extrída com hexano. O índice de acidez das amostras variou de 4,04 mg KOH/g de óleo para a amostra 100% arábica A1 a 11,96 mg de KOH/g de óleo para a amostra 100% Conilon. O perfil de ácidos graxos do óleo da borra de café foi analisado através de três métodos envolvendo catálise ácida (BF3/MeOH e CH3OH/H2SO4) e catálise básica (MeONa/MeOH). Os principais ácidos graxos identificados foram ácido palmítico (18,50-52,59%), linoleico (0-38,18%), oleico (2,87-17,69%) e esteárico (5,49-17,90%), obtidos através da cromatografia gasosa com detector de ionização de chamas (CG-DIC) e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). Não houve diferenças significativas no perfil lipídico das amostras, independente do solvente utilizado, bem como a espécie originária da borra café avaliada (Coffea arabica e Coffea canephora). Os compostos bioativos (cafeína e ácido clorogênico) presentes no material liofilizado e o óleo extraído foram aplicados em uma máscara facial do tipo peel off. O material liofilizado obteve teor de fenóis totais variando de 6,00 ± 0,65 a 7,79 ± 0,58 mg GAE/100mg de amostra, e a amostra que apresentou a maior capacidade antioxidante foi a Conilon. O grau de inchamento acompanhou o perfil de liberação dos compostos bioativos presentes na película e a maior fração gel foi apresentada pela amostra conillon sem lavar. As películas permaneceram com a superfície e integridade preservadas e a presença de turbidez e coloração na solução indicou a presença dos compostos bioativos em suspensão. A película aplicada na pele apresentou toque agradável, facilidade de espalhamento e remoção da pele e, odor agradável, sendo ideal para utilização. O teste de liberação do óleo da máscara “peel off” mostrou que o tipo de borra de café, o tipo de solvente e a lavagem da borra interferem significativamente na liberação dos ácidos graxos, à 232nm o óleo da borra de café Arábica obteve maoir liberção para o ácido linoleico frente ao Conilon, enquanto a 210nm o ácido palmítico a liberação foi maior para o óleo da borra do Conilon. O estudo de cinética de liberação obtidos para os compostos bioativos da borra de café, mostram que tanto o óleo, quanto a cafeína e ácido clorogênico presentes no material liofilizado, possuem potencial para aplicação em produtos cosméticos, podendo ser utilizados como ativos em máscaras faciais. |