Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Neves, Tatiana Pires Teixeira
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Orientador(a): |
Araújo, Francisco Gerson
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Banca de defesa: |
Ferreira, Carlos Eduardo Leite,
Pereira Filho, Guilherme Henrique,
Joyeux, Jean-Christophe |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9164
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Resumo: |
Três diferentes abordagens foram empregadas para avaliar a condição ambiental e fatores estruturadores da assembleia de peixes de costões rochosos sob diferentes influencias antrópicas na Baía da Ilha Grande. A primeira abordagem visou detectar possíveis preditores biológicos, físicos e antrópicos para a estrutura da assembleia de peixes, riqueza, abundância e biomassa. A segunda abordagem foi o desenvolvimento de um índice multimétrico para avaliar a condição ecológica em referência a dois tipos de distúrbios (efluente termal e influencia urbana) entre locais controles e impactados. Características biológicas e ecológicas das espécies foram utilizadas na seleção das métricas. A terceira abordagem foi avaliar a eficiência de uma área marinha protegida - AMP na baía (Estação Ecológica de Tamoios) comparando locais dentro e fora da AMP. Para esta avaliação foi empregado o índice multimétrico desenvolvido, curvas de abundância-biomassa e grupos funcionais. Os preditores mais importantes para a estruturação da assembleia de peixes foram a profundidade e a distância da costa. A riqueza de espécies foi positivamente associada com um Índice de Estrutura Física (IEF) e com a profundidade, e apresentou relação negativa com ocorrência de zoantídeos. A densidade de peixes foi associada positivamente com o IEF e distância da costa enquanto a biomassa apresentou positiva associação apenas com a distância da costa. Áreas próximas à costa apresentaram comparativamente baixas riqueza, densidade e biomassa, enquanto os locais mais distantes apresentaram o padrão inverso para estes parâmetros da assembleia de peixes. Tanto o distúrbio de influência termal quanto o de influência urbana apresentaram diferenças nas métricas. De um total de 41 métricas, as seguintes métricas foram selecionadas como as mais adequadas para detectar alterações em assembleias de peixes para o distúrbio termal: “total de espécies”, “número de espécies crípticas”, “número de espécies de coluna d’água”, “número de espécies residentes”, “densidade de indivíduos com baixa resiliência”, “densidade de onívoros”, “densidade de herbívoros” e “densidade de carnívoros”. Para o distúrbio urbano foram selecionadas: “abundancia”, “número de espécies raras/número total de espécies”, “densidade de indivíduos com alta pressão de pesca”, “número de espécies crípticas”, “número de espécies dependentes” e “densidade de herbívoros”. A melhor condição ecológica foi detectada para os locais controles quando comparadas aos locais impactados. Em relação à avaliação da eficiência da MPA, nenhuma diferença significativa entre os locais dentro e fora da MPA foram encontradas usando as três ferramentas de análise da condição ambiental (índice multimétrico, curvas ABC e grupos funcionais). As áreas dentro e fora da AMP foram caracterizadas como apresentando distúrbio moderado através das curvas de ABC. Entretanto, quando as espécies dominantes foram retiradas das análises, a área fora da AMP foi classificada como não alterada. O índice múltimétrico não apresentou diferenças entre as áreas tendo métricas importantes como a “densidade indivíduos com alto valor comercial”, “número total de espécies” e “densidade de herbívoros” com as menores pontuações para ambos os locais, dentro e fora da AMP. Para os grupos funcionais também não foram vii encontradas diferenças entre os locais, sugerindo que a MPA não tem influenciado na proteção das espécies de peixes recifais na Baía da Ilha Grande. |